Não são apenas as grandes cachoeiras, as Cataratas do Iguaçu, que causam encantamento em quem visita o Parque Nacional do Iguaçu. A reserva verde tem no entorno trilhas ainda pouco conhecidas que vale a pena percorrer.
São atrativos situados em cidades da Região Oeste que permitem à população interagir de perto com a exuberância natural da unidade de conservação. Pássaros, plantas, flores e as mais lindas quedas-d’água. E o melhor de tudo, a maioria tem entrada gratuita.
Pedalando ou caminhando, convidamos os leitores do H2FOZ a conhecer um pouco de cada recanto.
Trilha da Onça (Serranópolis do Iguaçu)
Em Serranópolis do Iguaçu, em área próxima à antiga Estrada do Colono, existe um percurso batizado de Trilha da Onça. São nove quilômetros de extensão que servem para pedalar ou caminhar.
A trilha conta com um portal de entrada e já é bastante frequentada por ciclistas de comunidades locais. No caminho, além das belezas da fauna e flora, há árvores grandes com vegetação fechada e duas cachoeiras.
O plano do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é instalar uma ponte e ampliar a trilha conectando-a a outra existente no Rancho Jaguarete, em São Miguel do Iguaçu, e ao Quilombo Apepu, explicam Vitor Barbato e Brunna Rolim, que fazem parte da Assessoria de Uso Público e Gestão Socioambiental do ICMBio. A Trilha da Onça foi a primeira sinalizada como Caminho do Peabiru, uma antiga rota que era usadas por índios. O acesso é gratuito.
Trilha do Apepu (São Miguel do Iguaçu)
São duas trilhas, uma para pedalar e outra para caminhar. Ambas começam no mesmo ponto, separam-se e mais à frente se conectam em direção ao Rio Iguaçu.
O percurso tem 2,7 quilômetros com bosques, banhados e o Rio Apepu. A trilha termina na porta do Quilombo Apepu, em São Miguel do Iguaçu.
Atualmente, a trilha está recebendo as últimas adequações de manejo e tem previsão para abrir ainda neste mês.
A entrada da trilha fica em frente ao Quilombo Apepu, em São Miguel do Iguaçu. Outra surpresa do circuito é uma trilha aquática que sai do quilombo e termina com o desembarque de caiaques no encontro dos rios Índio e Tenente João Gualberto.
Polo Rio Azul (Céu Azul)
O Polo Rio Azul é uma área do Parque Nacional do Iguaçu situada no município de Céu Azul. Surgiu, inicialmente, como ponto de fiscalização e agora foi transformado em uso público.
No local há base para alojar pesquisadores e brigadistas, além de várias trilhas. Para acessar o espaço, o visitante precisa entrar pela BR-277, à direita para quem sai de Foz do Iguaçu.
A trilha do polo tem 800 metros. Lá é possível fazer apenas caminhadas. Bastante conhecido por quem mora em Céu Azul, o local também conta com uma academia ao ar livre.
Outra opção de ecoturismo é a Ecotrilha do Manuel Gomes, bastante visitada durante excursões de escolas. São 845 metros com direito à vista da represa do Manuel Gomes, local onde a comunidade tinha costume de lavar roupas e buscar água.
Há também a Trilha das Perobas, com 2,6 quilômetros. O caminho, mais fechado e rústico, passa por alguns córregos e chama atenção pela presença de perobas centenárias. Lá, há duas cachoeiras convidativas para tomar aquele banho.
Em outro ponto, encontra-se uma trilha de seis a sete quilômetros bastante usada em épocas passadas. Nessa rota está uma das cachoeiras mais lindas do parque, a Cachoeira do Rio Azul, com vários degraus. É a trilha mais rústica do polo.
As trilhas vão receber investimento de infraestrutura, manejo e sinalização. Também está prevista a instalação de um portão de entrada nessa área do parque.
Polo Ilhas do Iguaçu e Foz do Gonçalves Dias (Capanema)
Nesta área do parque, há passeios náuticos no Rio Iguaçu e trilha de quatro quilômetros de acesso a uma cachoeira.
Outro percurso existente é a Trilha do Silva, com 2,6 quilômetros. Caminhando por ela você chega a uma queda-d’água de 60 metros de extensão que abriga os andorinhões das Cataratas que fazem revoadas.
Esse ponto é uma das regiões mais preservadas do parque, porque não há histórico de moradias e intervenção.
Na mesma área também fica o Porto Lupião, onde as concessionárias Macuco Safari e Três Fronteiras ofertam passeios. No porto está instalado o Parque Municipal Natural Marcelino Ampessan.
Outra trilha presente é a da Taquara, com 500 metros, cujo percurso termina em uma cachoeira. O ICMBio tem planos de ampliar o caminho.
Trilha da Escola Parque (Foz do Iguaçu)
É a trilha mais estruturada, de fácil acesso. Ao entrar no parque, você pode caminhar pela trilha e se quiser pode continuar o passeio, até as Cataratas, de ônibus, parando em um ponto para entrar no coletivo. Durante o caminho pela trilha, passa-se pela barragem da antiga Usina São João e, caminhando ou pedalando um pouco mais, chega-se à Escola Parque.
Trilha e Caminho da Canafístula (Foz do Iguaçu)
Com dois quilômetros, é a trilha mais rústica e fechada, principalmente na parte inicial. Pode ser percorrida de bicicleta ou a pé. O caminho margeia o Rio São João e se conecta até a base de pesquisadores chamada Peter Crawshaw, situada no Poço Preto, onde há também uma casa de hóspedes.
O Poço Preto é outra trilha do parque, com nove quilômetros. Em reforma, é indicada para observação de aves.
Trilha dos Escaladores (Foz do Iguaçu)
Aberta apenas para escaladores, a trilha tem 400 metros e dá acesso ao cânion do Rio Iguaçu. Percorrendo mais um quilômetro de rafting, você chega à base do Macuco Safari.
Birdwatching (Foz do Iguaçu)
Atividade de observação de pássaros. Atualmente há 23 profissionais credenciados como condutores especializados para acompanhar turistas e interessados. Os profissionais podem entrar a qualquer horário no Parque Nacional do Iguaçu, desde que seja feito agendamento prévio.
Obs.: o acesso às trilhas de Foz é feito pelo portão de entrada principal do parque. Por isso é necessário adquirir o ingresso de visitação.
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