Liberação da entrada de argentinos no Brasil agora só depende da Anvisa, mas sai logo

Nesta quinta-feira, 25, em Brasília, uma reunião pode bater o martelo em favor de nova portaria, que vai beneficar também uruguaios.

Nesta quinta-feira, 25, em Brasília, uma reunião pode bater o martelo em favor de nova portaria, que vai benefiicar também uruguaios.

A portaria que permitirá o acesso de estrangeiros por via terrestre, no Brasil, é aguardada com expectativa não só por agentes de viagens do Uruguai e da Argentina, como por todos os setores envolvidos com o turismo nas praias catarinenses e gaúchas, principalmente, as que mais recebem visitantes destes países.

Agora, já se sabe o motivo: a publicação emperrou em alguma exigência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, mas deve ser solucionada nas próximas horas.

Em sua rede social, o senador catarinense Jorginho Mello, que levou a questão aos órgãos do governo, reconhece o atraso e reclama: “A portaria que trata sobre a reabertura das fronteiras terrestres do Brasil com países vizinhos já deveria ter sido publicada!”

O Ministério do Turismo havia prometido ao senador, no último dia 12, que em sete dias seria assinada uma portaria alterando ou revogando a de n° 658, de 5 de outubro de 2021, que proíbe a entrada de estrangeiros no Brasil por via terrestre.

Quase duas semanas depois, nada aconteceu. Na quarta-feira, o senador contou que conversou sobre isso com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O ministro disse que, da parte do ministério, nada havia contra a reabertura, mas que alguns entraves na Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – atrasaram a publicação da nova portaria.

O senador disse que, em seguida, foi “em cima do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Barra Torres, para reiterar a importância de que a Anvisa se agilize na análise, e ele garantiu que os impasses serão resolvidos o mais breve possível”.

A publicação da nova portaria é feita em conjunto entre a Casa Civil, o Ministério da Infraestrutura, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Ministério da Saúde.

Mas, como sempre acontece na burocracia, ainda mais quando é um documento interministerial, um entrave aqui ou ali pode gerar situações como a atual. A solução, no entanto, pode vir ainda esta semana. Em Brasília, nesta quinta, haverá uma reunião para discutir o assunto.

Publicada a portaria, ela deve estabelecer a permissão para ingresso de argentinos e uruguaios no Brasil já a partir de 1º de dezembro.

RECIPROCIDADE

O documento oficial atende aquilo que, na diplomacia, é chamado de “reciprocidade”, isto é, um país reserva ao outros os mesmos princípios que são aplicados a ele. Como a Argentina e o Uruguai já abriram sua fronteira aos brasileiros, é a vez de o Brasil adotar a reciprocidade, abrindo as fronteiras a argentinos e uruguaios.

A boa notícia é que, sabendo-se onde a burocracia emperrou um documento, basta ir à fonte do problema para tentar resolver de uma vez por todas.

O senador Jorginho Mello é vice-líder do governo Bolsonaro no Senado e no Congresso. Quer dizer, é uma voz forte a favor da nova portaria.

Mas há outros políticos, que fazem ou não parte do “time” do governo, que estão há algum tempo batalhando pela aprovação, já que o verão está chegando e é a temporada preferida de férias de argentinos e uruguaios, milhares dos quais procuram as praias brasileiras, independentemente de a situação cambil estar ou não favorável.

PELO PARANÁ

Não haverá mais cobrança nas praças de pedágio. Economia pra quem vier pelo Paraná. Foto Patrícia Iunovich

Aos argentinos, principalmente, que procuram as praias de Santa Catarina entrando por Foz do Iguaçu, uma notícia importante: a partir deste final de semana, já não haverá mais pedágio (peaje) nas rodovias que cortam o Estado do Paraná.

Isso vai significar uma economia, ida e volta, de R$ 300 para quem seguir rumo ao Litoral paranaense (e dali ao catarinense). Vai compensar, parcialmente, o custo da gasolina mais cara nos postos brasileiros.

Como o contrato de pedágio com as concessionárias vence neste fim de semana, ficará suspenso por um ano, até nova regulamentação e contratação de outras empresas para administrarem e investirem nas rodovias.

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