Lado argentino cria Direção de Turismo Indígena e Comunitário

Pasta vinculada ao governo de Misiones será comandada por Santiago Moreira Karaí Tataendy, membro da nação mbyá-guarani.

Apoie! Siga-nos no Google News

O Ministério de Turismo da província de Misiones, no lado argentino da fronteira, empossou, nessa terça-feira (15), o mbyá-guarani Santiago Moreira Karaí Tataendy como diretor de Turismo Indígena e Comunitário da instituição.

Leia também:
Lado argentino das Cataratas recebe visitante 1.000.000 em 2024

Liderança influente na região, Karaí Tataendy é conhecido por sua luta em prol da preservação das tradições guaranis e da conciliação entre identidade cultural e desenvolvimento de atividades turísticas nas aldeias da região de Puerto Iguazú.

“Esse é um sonho para mim. Tenho mais de 20 anos de trajetória no turismo e ver que muitas coisas que eu pensava ou imaginava agora estão virando realidade me emociona. Estou muito agradecido”, afirmou o novo diretor, citado pela assessoria do ministério.

Já o ministro do Turismo de Misiones, José María Arrúa, ressaltou que a criação da nova diretoria é uma aposta na valorização da identidade da província, reconhecida internacionalmente por locais como as ruínas das antigas missões jesuítico-guaranis.

“O turismo comunitário guarani tem o potencial de ser uma janela para que o mundo conheça sua história, sua identidade e seus valores. Queremos que seja não só uma fonte de recursos, mas uma forma de preservar o legado cultural”, apontou.

A Direção de Turismo Indígena e Comunitário terá, entre suas missões, o fortalecimento da rede que conecta 15 comunidades guaranis distribuídas pelos municípios de Puerto iguazú, San Ignacio, El Soberbio, Aristóbulo del Valle, El Alcázar e Andresito.

O planejamento inclui melhorar a infraestrutura nas comunidades, com a construção de casas de boas-vindas e centros de informação; implementação de sinalização unificada; e digitalização dos sistemas de reservas e pagamentos.

As ações também envolvem a formação e a capacitação dos membros das comunidades em hospitalidade, gestão turística e sustentabilidade; e a criação de um marco regulatório que estabeleça as bases para a proteção e a promoção do turismo indígena.

LEIA TAMBÉM
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.