Pelo segundo domingo consecutivo, a usina de Itaipu voltou a abrir duas calhas de seu vertedouro, para escoar o excedente de água no reservatório. De acordo com a hidrelétrica, a vazão máxima prevista para hoje (26) é de 11 mil metros cúbicos por segundo (m³/s), que equivale a sete vezes o volume habitual do Rio Iguaçu nas Cataratas.
“O aumento da liberação de água em hidrelétricas a montante (acima) do reservatório, como na usina de Rosana (SP), associado ao alto volume de chuvas registrado nas bacias incrementais de Itaipu nos últimos dias, motivaram a operação”, informa Itaipu, em boletim divulgado à imprensa brasileira.
O vertimento nas duas calhas começou às 4h, com previsão de continuidade até as 18h. Após o fechamento da calha central, a calha da esquerda (que está aberta desde o dia 14 de janeiro) permanecerá aberta para manter o nível operacional do lago de Itaipu.
Segundo o gerente do Departamento de Operação do Sistema de Itaipu, Rodrigo Pimenta, o escoamento da água não utilizada na geração de energia é necessário para garantir a segurança da barragem. “Itaipu tem tentado segurar o máximo de água possível no reservatório, mas houve aumento da liberação de água em outras usinas a montante [acima], além da previsão de mais chuvas”, disse.
Inundação
No trecho abaixo da usina, Itaipu acionou a Comissão Especial de Cheias para monitorar a situação do Rio Paraná e prestar assistência às comunidades ribeirinhas, em especial nas áreas baixas do bairro San Rafael, em Ciudad del Este, localizado no entorno da Ponte Internacional da Amizade.
A previsão da hidrelétrica é que, na próxima quarta-feira (1.º), a água poderá atingir 35 casas do bairro paraguaio. As famílias das áreas mapeadas foram retiradas de suas residências e levadas, pela Assessoria de Responsabilidade Social da diretoria paraguaia de Itaipu, a abrigos provisórios. Na margem brasileira, em Foz do Iguaçu, não há previsão de danos.
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