Airbnb: Câmara de Foz do Iguaçu debate regulamentação

Audiência pública sobre os aluguéis temporários de curta duração foi realizada no plenário da Casa na manhã desta sexta (6).

A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu promoveu, na manhã desta sexta-feira (6), audiência pública para debater propostas de regulamentação dos aluguéis de curta duração em Foz do Iguaçu, oferecidos pela plataforma Airbnb e similares.

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O evento, presidido pelo vereador Marcio Rosa, teve a participação de representantes do setor público, hotelaria, advocacia e entidades locais.

“Foz do Iguaçu recebe cerca de 30 mil a 40 mil pessoas por dia que não estão nos registros [de estatísticas] da cidade. Isso afeta diretamente políticas públicas, como coleta de lixo, transporte e saúde. Precisamos de estratégias para regulamentar essa atividade de forma benéfica para todos”, afirmou o vereador, citado pela assessoria da Câmara.

Já Marcelo Pissinin Sossela, diretor-administrativo da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Regional Oeste do Paraná, defendeu a criação de regras locais, hoje inexistentes.

“Pedimos que esta Casa nos auxilie na regulamentação, para que as plataformas digitais estejam sujeitas às mesmas obrigações fiscais e regulatórias dos hotéis”, reivindicou.

Camilo Rorato, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sindhotéis), pontuou a falta de controle sobre quem utiliza esses meios de hospedagem.

“É crucial termos um cadastro dos usuários dessas plataformas para regulamentar a atividade e garantir a segurança de todos”, argumentou Rorato.

Participação do poder público

Durante a audiência, o secretário municipal de Turismo e Projetos Estratégicos, André Alliana, apresentou um estudo sobre a economia do turismo em Foz do Iguaçu, destacando os custos e benefícios da atividade turística para o município.

Lourenço Kuerten, também integrante da secretaria, ressaltou a falta de suporte para os turistas de plataformas digitais, quando encontram algum problema durante a estada na Terra das Cataratas.

“O turista não pode reclamar para o município, porque não é uma atividade reconhecida, não pode procurar o Procon, ele não consegue falar com representante do Airbnb. Vejo com urgência a questão de regularizarmos essas plataformas”, avaliou.

Conclusões e encaminhamentos

Como encaminhamento, o vereador Marcio Rosa reforçou a urgência de avançar na regulamentação e sugeriu a realização de novas discussões, especialmente com a transição de gestão municipal.

A expectativa é a de que, com o futuro prefeito e secretário, o debate sobre o Airbnb e similares ganhe novos encaminhamentos, garantindo que a atividade seja regulamentada de forma justa e sustentável para Foz do Iguaçu.

(Com informações da Câmara Municipal)

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1 comentário
  1. Ale Diz

    Olha o pessoal dos hotéis querendo complicar a vida daqueles que optam por Airbnb…tava demorando…

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