Depois de ausentes no verão, argentinos vão invadir nossas praias!

Aumentam as consultas a agências de viagens e corretores de imóveis. E a ansiedade…

Aumentam as consultas a agências de viagens e corretores de imóveis. E a ansiedade…

Se o governo argentino cumprir a promessa e levantar as restrições para entrar e sair do país pelas fronteiras terrestres e aéreas, a partir de 1º de novembro, muitos moradores da província vizinha de Misiones virão passar as férias de verão no Brasil, principalmente nas praias de Santa Catarina.

O jornal argentino Primeira Edición diz que já começaram a ser feitas reservas para o verão, embora ainda existam muitas dúvidas sobre como estará o acesso entre os dois países.

O proprietário de uma imobiliária de Bombinhas (SC), José Luis Saravia, que é de Misiones mas está radicado em Santa Catarina, acredita que “não vai demorar muito para que possam ingressar no Brasil os estrangeiros, talvez no fim do ano”.

Ele conta que recebe muitas consultas de argentinos e já tem reservas para janeiro, fevereiro e março. “Eu não tenho dúvida de que vai ser uma temporada muito boa”, diz.

O grupo de argentinos, no Facebook, apaixonados pelas praias brasileiras.

SEM ARGENTINOS

No verão passado, lembra, notou-se muito a ausência dos argentinos nas praias brasileiras, principalmente depois das festas de Natal e Ano Novo. A partir dali, normalmente diminui a presença de brasileiros, que é compensada pela vinda dos vizinhos. Isso não aconteceu, o que tornou “a temporada muito fraca”.

Pela animação dos participantes do grupo de Facebook “A Brasil en auto!!!…”, vai de fato ser uma temporada boa nas praias catarinenses e outros destinos no litoral brasileiro.

Já é grande a procura e também a oferta de imóveis nas praias catarinenses, desde as de Florianópolis até outras mais tranquilas e familiares. O grupo tem mais de 31,7 mil integrantes e é apenas um dos formados por argentinos com interesse em veranear no Brasil.

“Balneário Camboriú e região de Florianópolis talvez atendam mais a juventude, porque têm mais vida noturna, mas Itapema, Bombinhas, etc, têm mais turismo familiar”, explica José Luis Saravia, conforme o Primera Edición.

Quanto aos preços, apesar da alta na inflação brasileira, os aluguéis não tiveram grande elevação, na cotação em reais. Ele dá exemplos: um apartamento para até seis pessoas e dois dormitórios se consegue, em janeiro, por um preço entre R$ 400 e R$ 500 por dia. Para oito-nove pessoas, até R$ 600. “E tudo muito perto da praia, é claro.”

No grupo de Facebook, a reabertura da fronteira entre Paso de los Libres e a cidade gaúcha de Uruguaiana, outro acesso a praias tanto do Rio Grande do Sul como de Santa Catarina.

O problema maior, para os argentinos, é a desvalorização da moeda. O dólar blue, um dos tantos tipos de câmbio usados na economia argentina, atingiu nesta quarta-feira 196 pesos, novo recorde histórico.

As causas passam pela inflação elevada, controles cambiais, déficit fiscal e aumento do risco país, entre outras.

No grupo de Facebook, muita procura e também muitas ofertas para aluguéis nas praias catarinenses.

“EXPLORAÇÃO” EM PUERTO IGUAZÚ

Enquanto isso, o portal La Voz de Cataratas, de Puerto Iguazú, critica as tarifas cobradas por táxis e carros de turismo para trazer moradores daquela cidade a Foz do Iguaçu.

Pra vir ao centro de Foz, o morador de Puerto Iguazú paga 3 mil pesos (R$ 97, ao câmbio de 31 pesos por real), quando a espera pro retorno é de meia hora. E sobe pra 4 mil pesos (R$ 130) e a espera for de duas horas. Pra vir às Cataratas do lado brasileiro, também são cobrados 4 mil pesos.

Há outros trajetos, pelos quais também se cobra valores considerados muito altos pelos moradores de Iguazú. E não só da cidade vizinha. Um leitor do portal disse que para fazer a travessia de Posadas a Encarnación o preço é 3 mil pesos, apenas de ida.

“Parece que não aprenderam nada com esta pandemia”, disse um terceiro leitor. Ele lembrou que, quando a fronteira estava fechada, táxis e carros de aluguel iam aos bairros em busca de passageiros para levar ao centro (de Puerto Iguazú) pela metade do preço. “Agora se aproveitam para passar a ponte. É uma pena que sejam assim”, criticou o leitor.

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