Os outros dias, do meio ambiente

Dia Mundial do Meio Ambiente precisa ir além do calendário, com efeitos no cotidiano

Aida Franco de Lima – OPINIÃO

O Dia Mundial do Meio Ambiente, 05 de junho é bastante lembrado. Mas e nos outros dias? Como é que sua cidade lida com a questão ambiental? Se o meio ambiente é imprescindível para a vida, e este é violentamente atacado, imaginem se não precisássemos da natureza para sobrevivermos?

As ameaças contra o meio ambiente são constantes e nas mais variadas escalas. Seja o cidadão que joga lixo na rua, a empresa de saneamento que despeja esgoto nos rios ou países que realizam testes nucleares no meio do Oceano ‘Pacífico’.

Uma das armas mais potentes que miram o meio ambiente é o marketing verde falastrão. É aquele que te faz acreditar que tudo está à mil maravilhas. Igual quando, por exemplo, um novo condomínio instala-se no meio da mata e no Dia da Árvore faz pedágio ecológico.

Ou por exemplo, quando um órgão público ambiental não faz a lição de casa. Quando diz fiscalizar quem joga resíduos em local inadequado, mas não separa o próprio lixo. Quando, não cuida dos animais silvestres, deixando-os morrer comendo lixo, atropelados, mas no Instagram faz sucesso com animais de pelúcia.

O marketing verde falastrão, é devastador, porque faz maquiagem e joga a sujeira por baixo do tapete. Faz inclusive muita gente crer que para o mundo se alimentar, é preciso desmatar. Que os fins justificam os meios.

Isso é muito diferente do marketing real, em que a empresa, a instituição tem princípios sólidos de respeito ao meio ambiente e realmente incorpora na prática cotidiana a sustentabilidade.

Faça um teste, diga para as pessoas próximas apontarem a direção do meio ambiente. Muito provável que mostrem o lado externo, uma planta, um animal. Muito raramente as pessoas se percebem como parte do meio ambiente. E ninguém ama ou respeita aquilo que não conhece…

O Dia Mundial do Meio Ambiente é uma data importante, como o aniversário de uma pessoa. Mas essa tem que ir além, ser lembrada o tempo todo! Por questão de sobrevivência mesmo. Nas pequenas e grandes atitudes.

Falamos de inteligência artificial, de viagem à Marte e não somos capazes de manter um bueiro livre, transformando-os em latas de lixo. O ideal era não precisar de uma grade para segurar o lixo, pois esse não devia ser depositado em local impróprio.

Mas é isso. Uma pequena atitude pode fazer a diferença. Faça sua parte e exija que o seu município lembre do meio ambiente, todos os dias. Mesmo que seja instalando grades nos bueiros. “Ah, mas e se chover, vai entupir tudo!” Se não tivesse lixo, não haveria problema. Mas entre retirar resíduos da grade ou das galerias, o que exige mais investimento? Se o que conta é o dinheiro, vamos fazer a conta certa!

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