Aida Franco de Lima – OPINIÃO
As histórias se repetem nos mais variados pontos das cidades. Animais, principalmente gatos, são envenenados. E praticamente nenhuma providência é tomada pelas autoridades, que muitas vezes exigem que o denunciante entregue a investigação completa, com as provas dos culpados. É como se para registrar um Boletim de Ocorrência, o CPF do acusado precisasse ser anexado com seu DNA.
As cidades onde são registradas esses casos deveriam dar atenção necessária para em primeiro lugar coibir tais práticas. E a maneira mais eficaz e ética, é promovendo a castração em massa e a implementação da guarda responsável. Com menos animais ‘dando sopa’, espalhados pelas ruas e andando pelos telhados, já há um importante avanço.
Um sério trabalho de Educação Ambiental, com a divulgação das leis e implementação de canais de denúncias, também é fundamental para orientar a população sobre os direitos dos animais e as consequências jurídicas aos culpados.
Envenenar animais é caso de Polícia, porque é um crime. E em se tratando de criminosos, deveria haver mais atenção para chegar a tais pessoas que estão também a um passo de cometer outros tipos de violência. Inclusive atentando contra vidas humanas.
A pessoa que envenena animais é desprovida de sentimentos, ela não tem empatia, pois não é capaz de sentir comoção pelo sofrimento que o animal envenenado é acometido. Ao decidir por matar um animal, quem o faz o planeja de tal modo para permanecer no anonimato. Não é um ato impensado, um impulso. É um ato frio.
Retomo esse tema, pois já tratei desse assunto ao destacar que maus-tratos à animais é indício de psicopatia. E em uma sociedade cada vez mais violenta, não é possível ignorar os sinais que são manifestados junto às vítimas mais frágeis, no caso os animais, que em busca de alimento sofrem com a maldade alheia.
Não é possível negligenciar esse fato e deixar com que as pessoas que perdem os animais que tanto amam só saibam se lamentar, sem que haja nenhuma reação a essa atitude covarde. Uma boa alternativa para mobilizar a sociedade e chamar as autoridades para esse problema é a criação de abaixo-assinados online. Como esse lançado recentemente na cidade de Cianorte – PR, cujos animais estão sendo envenenados todos os dias sem qualquer medida eficaz que combata tal crueldade.
Como também já comentei em outros textos, muitas vezes os problemas ambientais só ganham a atenção que merecem, quando caem nas redes sociais. Portanto, é imprescindível que a sociedade fale pelos animais, que use o poder de alcance das redes sociais para fazer chegar o grito de socorro dos animais, a quem lhes deve obrigação em defendê-los.
Um dos grandes problemas ao tentar denunciar é que normalmente há suspeitas, basicamente um perfil de vizinho (a) que reclama de tudo e não quer saber de animais por perto. Mas sem as provas que as autoridades exigem, nada é feito.
Se há denúncias, se há animais mortos, não cabe ao tutor provar. É de responsabilidade a quem é pago para exercer essa função buscar mecanismos para inclusive investigar os fatos e preveni-los, como citado anteriormente. A proteção animal exige coragem. Coragem para protegê-los da maldade humana e da passividade de quem é omisso no exercício de suas funções.
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