![Praça se transformou em lamançall](https://www.h2foz.com.br/wp-content/uploads/2023/12/08ac299b-corte-arvores-praca-3-750x430.jpeg)
OPINIÃO
E a Praça das Aroeiras surgiu em cena novamente. O local, que era uma ampla área verde, abrigo de pequenos animais e espaço de lazer para a população, recebeu um tratoraço como presente de despedida da administração anterior. E o mais triste ainda, com o apoio de uma quantidade de pais, que usaram o lugar arborizado para protestar em prol de sua destruição. É como se os ratos fizessem protesto em defesa da ratoeira.
A destruição da praça se justificava para que no local fosse construída a sede da Escola Municipal Lúcia Marlene Pena Nieradka, que há 20 anos funciona provisoriamente sob a arquibancada do Estádio Pedro Basso. Uma obra necessária, imprescindível, mas que, segundo a administração atual, precisa de um espaço de dez mil metros quadrados para ser construída. E a praça, ao todo, tem somente seis mil metros quadrados.
Isso comprova a importância do ensino, da educação de qualidade. Afinal, parece que alguém fugiu das aulas de Matemática. Na gestão anterior, diziam que iriam construir a escola e ainda manteriam as árvores. É como se tentassem colocar a cidade de Foz do Iguaçu dentro do Parque Nacional e dissessem que não haveria problema.
A atual administração anunciou que não vai mais continuar com a obra no local, definido na gestão de Chico Brasileiro. Com a mudança do quadro de funcionários, houve também uma nova postura em torno da definição do espaço que será usado para erguer a escola.
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- Era dezembro de 2024, apagar das luzes, e todo mundo sabia que nada mais sairia do papel naquele final de mandato. E ainda assim 35 árvores foram derrubadas. Como se fosse mesmo uma “picuinha”, para mostrar que ainda há muita gente na onda do “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Os funcionários que foram de motosserra em punho cortar as árvores não deveriam ter escolha. Ou cortavam, ou cortariam seus empregos.
Moradora da região, a professora Alessandra Hoffmann comemorou a nova decisão, ao afirmar que houve bom senso na decisão. “Felizmente, uma gestão mais coordenada e que tem bom senso para resolver os problemas dos dois lados.” Alessandra e demais moradores da região tentaram um diálogo com a administração anterior e buscaram informações sobre a origem da praça, que foi doada por uma pioneira. Os moradores, o Coletivo Ambiental, sempre defenderam a praça e a construção de uma escola em local apropriado, sem que a existência de uma comprometesse a outra. Mas não foi isso que aconteceu.
![Primeiro derrubaram o verde, depois perceberam que dali não brotaria uma escola por tão cedo](https://www.h2foz.com.br/wp-content/uploads/2024/10/WhatsApp-Image-2024-10-24-at-12.37.44-1-1024x576.jpeg)
Agora, os alunos continuarão, por um bom tempo, estudando embaixo das arquibancadas, e a praça precisará ser recuperada, levando anos para ter de volta o verde, que a má gestão pública destruiu em minutos.
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