Em operação na manhã desta terça-feira, 6, a Polícia Civil em Foz do Iguaçu prendeu cinco pessoas acusadas de estelionato, em cumprimento a ordens judiciais. Outras poderão ser detidas com o avanço da investigação, iniciada há três meses.
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Cinco pessoas são suspeitas de fazer parte dos ilícitos, das quais duas foram presas durante a operação batizada de Scammers. Na execução de um dos mandados, foi apreendida uma pistola calibre 9mm.
Sustenta a apuração que os suspeitos usariam empresa legalmente constituída na cidade para golpes em empréstimos pessoais e consignados. As vítimas são vulneráveis, como pessoas idosas ou de menor escolaridade, parte recebendo benefícios assistenciais previstos em lei.
“Após ajustar os valores de empréstimos, os suspeitos solicitariam documentos pessoais à vítima”, relata a assessoria policial. Assim, “abririam contas em bancos eletrônicos com os dados pessoais” das vítimas, expõe.
O delegado Rodrigo Colombelli informa que os acusados alegavam às vítimas ser procedimento para o empréstimo a abertura das contas digitais seguida de reconhecimento facial. Nada disso corresponderia à realidade.
“Com a conta aberta e de posse das senhas, realizaram empréstimos em nome da vítima”, conta o delegado. Posteriormente, prossegue, “transferiam os valores entre os integrantes do grupo criminoso”.
Prejuízo de R$ 200 mil
Até agora, os prejuízos identificados pela Polícia Civil chegam a aproximadamente R$ 200 mil. A apuração tem continuidade para determinar se outras pessoas se beneficiaram direta ou indiretamente do esquema.
Com a desconfiança de que essas somas sejam maiores, a polícia requisitou à Justiça a quebra do sigilo bancário dos suspeitos. “Com o fim de ressarcir às vítimas, foi deferido o bloqueio de ativos existentes em conta-corrente, veículos e bens móveis e imóveis”, finaliza Rodrigo Colombelli.
Nota de esclarecimento da Polícia Civil
Em uma das fotografias da operação, divulgadas pela Polícia Civil, aparecem vários comércios da via pública. Uma dessas empresas, ao fundo da viatura, a JM SATO EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS, não é alvo da investigação.
Proprietários da empresa, informa a intituição policial, “compareceram na delegacia para registrar boletim de ocorrência de ameaça, perturbação do trabalho, injúria e difamação, por conta de uma vinculação erronea das investigações com a empresa que, por coincidencia atua no mesmo ramo e está localizada ao lado do alvo da operação policial”, pontua.
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