Polícia Civil deflagra operação contra grupo que aplica estelionato eletrônico em Foz do Iguaçu

Foram registradas ao menos cem ocorrências do golpe, que pode ter lesado as vítimas em mais de R$ 200 mil; nas ruas, 50 policiais cumprem mandados de prisão e busca.

Deflagrada na manhã desta quinta-feira, 16, a Operação Fraude Eletrônica reúne 50 policiais civis da 6.ª Subdivisão Policial de Foz do Iguaçu (SDP) e do núcleo local do Denarc, com apoio da Polícia Militar do Paraná. O objetivo é desmantelar quadrilha que aplica estelionato digital na cidade.

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São cumpridas dez ordens judiciais, sendo dois mandados de prisão e oito de busca e apreensão, simultaneamente em Foz do Iguaçu e Nova Petrópolis (RS). O grupo agia nas plataformas digitais, cooptando e enganando as vítimas que anunciavam a venda de produtos na internet.

Após a negociação, os estelionatários enviavam comprovantes falsos de pagamentos. A mercadoria era retirada em Foz do Iguaçu, por meio de motoristas de aplicativos. Integrantes do chamado “núcleo intelectual” se apresentavam como policiais a fim de transmitir credibilidade durante as tratativas.

O delegado William da Rocha Assunção detalhou a forma de operação. “O casal do Rio Grande do Sul acessava as redes sociais das vítimas em Foz do Iguaçu, que anunciavam produtos eletrônicos. Os dois negociavam e mandavam um Pix com comprovante falso. Na verdade, o dinheiro não caia na conta das vítimas”, relatou.

Pelo menos cem vítimas

A Polícia Civil deu início à investigação após detectar aumento do número de registros de ocorrência do golpe. A instituição soma mais de cem relatos, número que pode dobrar, pois muitas pessoas não formalizam a fraude. A estimativa é a de que o prejuízo às vítimas supere R$ 200 mil.

A quadrilha, conforme a 6.ª SDP, tinha preferência por objetos eletrônicos. Os integrantes obtiveram, ilicitamente, 16 videogames, 14 computadores e 10 aparelhos de televisão, entre diversos outros itens. A apuração, no âmbito da Operação Fraude Eletrônica, identificou dois núcleos, um intelectual e um operacional.

O grupo responsável pelo planejamento era formado por um casal, que operava desde Nova Petrópolis, escolhendo as vítimas e fazendo a negociação. O núcleo operacional agia em Foz do Iguaçu, recebendo os produtos oriundos dos crimes e os revendendo abaixo do preço de mercado.

Cuidados

A Polícia Civil reforma a necessidade que a população deve ter com a segurança em operações on-line. É preciso verificar a procedência de sites, “checando a idoneidade do comprador/vendedor, evitando intermediários e, principalmente, não realizar entrega de objetos sem ter certeza que o valor caiu na conta”, alerta. É necessário, ainda, desconfiar dos anúncios fora do comum, com preços extremamente abaixo do mercado.

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