Deflagrada na manhã desta quinta-feira, 16, a Operação Fraude Eletrônica reúne 50 policiais civis da 6.ª Subdivisão Policial de Foz do Iguaçu (SDP) e do núcleo local do Denarc, com apoio da Polícia Militar do Paraná. O objetivo é desmantelar quadrilha que aplica estelionato digital na cidade.
LEIA TAMBÉM: PRF apreende pistola, coletes e uniformes penais na BR-277
São cumpridas dez ordens judiciais, sendo dois mandados de prisão e oito de busca e apreensão, simultaneamente em Foz do Iguaçu e Nova Petrópolis (RS). O grupo agia nas plataformas digitais, cooptando e enganando as vítimas que anunciavam a venda de produtos na internet.
Após a negociação, os estelionatários enviavam comprovantes falsos de pagamentos. A mercadoria era retirada em Foz do Iguaçu, por meio de motoristas de aplicativos. Integrantes do chamado “núcleo intelectual” se apresentavam como policiais a fim de transmitir credibilidade durante as tratativas.
O delegado William da Rocha Assunção detalhou a forma de operação. “O casal do Rio Grande do Sul acessava as redes sociais das vítimas em Foz do Iguaçu, que anunciavam produtos eletrônicos. Os dois negociavam e mandavam um Pix com comprovante falso. Na verdade, o dinheiro não caia na conta das vítimas”, relatou.
Pelo menos cem vítimas
A Polícia Civil deu início à investigação após detectar aumento do número de registros de ocorrência do golpe. A instituição soma mais de cem relatos, número que pode dobrar, pois muitas pessoas não formalizam a fraude. A estimativa é a de que o prejuízo às vítimas supere R$ 200 mil.
A quadrilha, conforme a 6.ª SDP, tinha preferência por objetos eletrônicos. Os integrantes obtiveram, ilicitamente, 16 videogames, 14 computadores e 10 aparelhos de televisão, entre diversos outros itens. A apuração, no âmbito da Operação Fraude Eletrônica, identificou dois núcleos, um intelectual e um operacional.
O grupo responsável pelo planejamento era formado por um casal, que operava desde Nova Petrópolis, escolhendo as vítimas e fazendo a negociação. O núcleo operacional agia em Foz do Iguaçu, recebendo os produtos oriundos dos crimes e os revendendo abaixo do preço de mercado.
Cuidados
A Polícia Civil reforma a necessidade que a população deve ter com a segurança em operações on-line. É preciso verificar a procedência de sites, “checando a idoneidade do comprador/vendedor, evitando intermediários e, principalmente, não realizar entrega de objetos sem ter certeza que o valor caiu na conta”, alerta. É necessário, ainda, desconfiar dos anúncios fora do comum, com preços extremamente abaixo do mercado.
Comentários estão fechados.