Polícia Civil bloqueia R$ 3 milhões de grupo ligado ao tráfico de drogas em Foz do Iguaçu

Entre os bens bloqueados estão residências e terrenos; chácara no Alto da Boa Vista era usada para armazenar e distribuir drogas

Mais de R$ 3 milhões relativos ao patrimônio de uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de capitais foram bloqueados em uma ação da Polícia Civil do Paraná (PCPR) na semana passada em Foz do Iguaçu.

A ação atende a uma ordem judicial de bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens móveis e imóveis. Entre os bens bloqueados estão residências, terrenos urbanos e rurais e uma área de cinco mil metros quadrados, todos em Foz do Iguaçu.

Um homem foi preso em flagrante por posse ilegal de armas de fogo de uso permitido e de uso restrito.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos bairros Três Bandeiras, Três Lagoas e Alto da Boa Vista, resultando na apreensão de 82 gramas de maconha, uma pistola 9mm, um revólver calibre 38 e cem munições de diversos calibres.

Os policiais também apreenderam cinco celulares, joias, dinheiro, dois notebooks e quatro veículos, dos quais dois SUVs, um utilitário e uma motocicleta.

bens bloqueados
Foram apreendidos celulares, joias, dinheiro, notebooks e veículos. Foto: PCPR

Investigação começou com apreensão de 1,7 tonelada de maconha

Segundo a polícia, a quadrilha começou a ser investigada após uma apreensão de 1,7 tonelada de maconha feita pela Polícia Militar, em novembro de 2023, em uma chácara situada no bairro Alto da Boa Vista.

No momento da apreensão, a droga estava armazenada em veículos com placas paraguaias e brasileiras, e também havia tabletes empilhados na residência – 2.554 no total.

Ao perceberem a chegada da polícia, os suspeitos que estavam no local fugiram por áreas de mata e não foram localizados.

De acordo com o delegado Rodrigo Colombelli, as investigações apontaram que o proprietário da chácara utilizava o espaço para armazenar e distribuir as drogas. “Com os lucros obtidos no tráfico, ele teria adquirido bens de alto valor, como veículos, imóveis e terrenos, registrados em nome próprio ou de terceiros.”

Polícia bloqueia bens de quadrilha
Operação foi realizada em Foz do Iguaçu. Foto: PCPR

Ainda conforme o delegado, foram usados contratos particulares de compra e venda com valores subfaturados e pagamentos em espécie, prática comum na ocultação de patrimônio ilícito.

Movimentações bancárias suspeitas

Durante as investigações, os policiais identificaram movimentações bancárias superiores a R$ 6 milhões em um único ano, sem comprovação de origem lícita.

Parte do valor, cerca de R$ 660 mil, foi fracionada em depósitos menores, e os investigados ainda utilizavam negócios lícitos, como um pet shop, para lavar o dinheiro proveniente do tráfico.

“Apesar do elevado patrimônio, os investigados receberam benefícios sociais federais entre 2020 e 2023, como Auxílio Emergencial, Auxílio Brasil, Bolsa Família, Auxílio Gás e Benefício Primeira Infância, somando R$ 6.620”, relata o delegado.

A PCPR segue com as investigações para identificar todos os integrantes da organização criminosa e aprofundar a responsabilização dos envolvidos.

(Com informações da assessoria de imprensa)

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