Presa em Posse (GO) durante operação contra crimes de abuso infantojuvenil, uma mãe confessou que produziu e enviou registros da própria filha, uma criança de 9 anos, para outro investigado em Foz do Iguaçu, conforme a Polícia Federal (PF). A ação foi no contexto da segunda fase da operação Coruja das Torres, nesta sexta-feira, 5.
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A incursão mirou alvo já identificado e preso na fase anterior, além dessa mãe, de Goiás, apontada como produtora dos registros de sua filha. Nesse estado, mandados judiciais foram cumpridos pela PF e pela Polícia Civil, corporação estadual do sistema de segurança pública.
Coruja das Torres
Na primeira fase da operação Coruja das Torres, em maio deste ano, foi executado mandado em Foz do Iguaçu, em que foi preso em flagrante o atual investigado. Na ocasião, policiais federais localizaram imagens de abusos em aparelhos de uso do homem, indicando sua atuação criminosa, desde 2016, no compartilhamento de imagens pela internet.
Na sequência, com o material obtido, a PF pôde identificar a fonte dos registros íntimos de uma das vítimas. “Foi possível descobrir que o preso, que já se encontrava em liberdade provisória após decisão da Justiça, tinha contato com uma mulher, do interior de Goiás, mãe de duas crianças, para produção de fotos íntimas da própria filha”, reportou a corporação.
“Em uma das conversas, o preso orientava a mãe a como produzir registros íntimos de sua filha de 9 anos”, apontou. “As investigações comprovaram que a mãe não só produziu como enviou diversos registros de sua filha, menor de idade”, enfatizou a Polícia Federal em Foz do Iguaçu.
Mandados da Justiça
A partir disso, a instituição requereu ao juiz mandados de busca, apreensão e prisão preventiva contra os envolvidos, o que foi aceito pela 5.ª Vara Federal iguaçuense. Nesta sexta-feira, 15 policiais federais em Foz do Iguaçu e no interior de Goiás, com apoio da Polícia Civil e do Conselho Tutelar, atuaram para o “resgate das filhas da investigada, visando sua integral proteção e preservando a mesma contra situações de abuso”, completou a PF.
A mãe, presa, acusada de produzir e compartilhar as imagens da filha, pode pegar 14 anos de prisão, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, conforme a Polícia Federal. E o investigado, “além de tais delitos, tendo atuado como autor intelectual para a produção das imagens, ainda responderá pelos diversos compartilhamentos de imagens que realizou ao longo de anos”. As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
Todas as informações sobre a investigação, a operação e as acusações contra os envolvidos são da Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu.
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