
A Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram, na manhã desta terça-feira, 11, a Operação Evali para desarticular uma organização criminosa especializada em contrabando de cigarros eletrônicos e essências.
Oito auditores-fiscais e analistas-tributários da Receita Federal e 25 policiais federais saíram a campo. Eles já cumpriram cinco mandados de busca e apreensão. Cinco pessoas foram presas em caráter preventivo em Cascavel, Céu Azul e Matelândia.

Também foram realizados sequestros e bloqueio de bens móveis e imóveis, veículos de alto valor e ativos financeiros dos investigados.
De acordo com a polícia, a organização criminosa operava de modo estruturado e tinha divisão hierárquica de tarefas. O grupo adquiria cigarros eletrônicos e essências, geralmente de origem estrangeira, e fazia o transporte em carros de passeio.
Batedores nas estradas e comunicação via grupos
Para evitar a fiscalização da polícia e dos auditores, batedores monitoravam estradas e se comunicavam via grupos de WhatsApp. Para isso, lançavam mão de palavras codificadas para referir-se a postos da Polícia Rodoviária Federal e desvios em rodovias.

Um fato que chamou atenção da polícia foi a organização movimentar valores em dinheiro incompatíveis com a renda declarada pelos investigados. Empresas de fachada eram utilizadas para ocultar a origem ilícita dos recursos. O grupo também fragmentava movimentações financeiras para driblar o fisco.
Os responsáveis devem responder pelos crimes de organização criminosa (artigos 1.º c/c 2.º da Lei n.º 12.850/2013), contrabando (334-A do Código Penal) e lavagem de dinheiro (artigo 1.º da Lei n.º 9.613/96).
(Com informações da assessoria de imprensa)