Denominada de Descortino, operação contra o contrabando na fronteira reuniu 60 policiais, mirando movimentação milionária, nesta quinta-feira, 20. Um dos alvos é agente de segurança pública na Região Oeste.
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Foram às ruas agentes da Polícia Federal (PF), com apoio da Polícia Militar do Paraná (PMPR). O objetivo era desmantelar organização que traz produtos contrabandeados do Paraguai para o território nacional.
Foram expedidos 14 mandados de busca e apreensão principalmente em Foz do Iguaçu, além de cidades da região – Santa Terezinha de Itaipu e Matelândia. Uma ordem judicial incluiu o afastamento das atividades do agente público que está sendo investigado na apuração.
“Durante a chegada dos policiais, os alvos da operação tentaram destruir e ocultar provas”, revelou a Polícia Federal. “Inclusive em uma das residências foram encontrados celulares em um fundo falso instalado sobre equipamento de ar-condicionado”, completou.
Uma grande apreensão de medicamentos e cigarros eletrônicos, avaliados em quase R$ 1 milhão, desencadeou o início das investigações. Essas mercadorias foram trazidas do país vizinho, segundo a PF.
Na época, “os produtos foram localizados em um porto clandestino às margens do Lago de Itaipu”, registrou a corporação. “Após realização de diligências no local, a equipe policial identificou um dos participantes da empreitada criminosa”, expôs a Polícia Federal.
Avanço na investigação
A partir dessa apreensão, os agentes traçaram uma linha de investigação a fim de identificar os envolvidos. A polícia destaca a capacidade financeira e organizacional do grupo, “haja vista o emprego de lavagem de capitais ao fazerem uso de pessoas físicas e jurídicas”.
Com essa articulação, o grupo transformava recursos obtidos nas atividades ilegais em operações aparentemente legais. “Além disso, também contavam com a participação de funcionário público na internalização dessas mercadorias estrangeiras”, reforçou a PF.
Foram detectadas movimentações milionárias entre os investigados e empresas usadas por eles. As buscas feitas pela operação, nessa quarta-feira, visam a aprofundar as investigações, o que inclui chegar, eventualmente, a outros associados e demais práticas ilícitas.
“Os investigados poderão responder por contrabando, importação ilegal de medicamentos sem procedência, organização criminosa e lavagem de capitais”, apontou a Polícia Federal. Também não são descartadas outras ilegalidades.
Descortino, nome da operação, diz respeito à forma com que um dos investigados foi localizado. O homem estava embaixo de uma lona tentando esconder-se da equipe policial em incursão.
Balanço
A operação computou:
- cumprimento de todas as ordens judiciais;
- uma prisão em flagrante por armazenamento de produtos contrabandeados;
- termo circunstanciado por posse de drogas; e
- apreensão de três veículos.
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