Em 2023, foram registradas 13 mortes em confrontos com forças estatais de segurança em Foz do Iguaçu. Apesar da queda de 40,9% em comparação com 2022 (quando houve 22 óbitos), a cidade continua com a terceira posição em relação a esse tipo de ocorrência no Paraná.
Em sete anos, esse foi o segundo maior número de registros desse tipo na cidade, ficando atrás apenas do ano anterior. Para se ter uma ideia, em 2019 uma morte foi registrada.
Os dados divulgados pelo Ministério Público do Paraná, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), mostram que apenas Curitiba (70) e Londrina (29) tiveram mais mortes em confrontos do que Foz. Na listagem estão os 82 municípios que registraram esse tipo de ocorrência.
Conforme o levantamento, em todo o Paraná foram registrados 348 óbitos dentro desse quesito, sendo 343 resultantes de confrontos com policiais militares e cinco com guardas municipais. Não houve registro de morte causada por policiais civis. Os números estaduais representam uma queda no total de óbitos de 28,7% em comparação com o ano de 2022.
Questionada pelo H2FOZ, a PM em Foz do Iguaçu não quis comentar sobre os números.
O controle estatístico dos óbitos em confrontos policiais pelo GAECO faz parte da estratégia institucional de atuação do MPPR com o objetivo de contribuir para a diminuição da violência nas abordagens conduzidas pela polícia.
Nesse contexto, o Ministério Público do Paraná, a exemplo dos demais MPs do Brasil, aderiu ao programa nacional “O MP no enfrentamento à morte decorrente de intervenção policial”, instituído pelo Conselho Nacional do Ministério Público. A iniciativa busca assegurar a correta apuração das mortes de civis em confrontos com policiais e guardas municipais, garantindo que toda ação do Estado que resulte em morte seja investigada.
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