Megaoperação sequestra R$ 1 bilhão em bens de grupo que atua no tráfico de drogas

Agentes cumpriram mais de 100 mandados, 30 deles de prisão, em vários estados; grupo aliciava caminhoneiros para enviar cocaína à Europa.

Iniciativa conjunta de forças de segurança e fiscalização, nesta quinta-feira, 4, a Operação Down Fall desarticula quadrilha que atua no tráfico de drogas, envolvendo homicídio e organização criminosa. Chefe do grupo é do Paraná, preso desde 2021.

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A força-tarefa reuniu Receita Federal do Brasil (RFB), Polícia Federal (PF) e Polícia Civil do Paraná (PCPR). Foram mobilizados quase 500 policiais, auditores e analistas-tributários. Ao todo, foram cumpridos 88 mandados de busca e apreensão e 30 de prisão preventiva.

“As ordens judiciais expedidas preveem o sequestro de aproximadamente R$ 1 bilhão em imóveis”, contabiliza a Receita Federal. Esses bens são verificados sob a suspeita de ligação com a organização criminosa desarticulada na megaoperação.

A RFB detalhou que as ordens judiciais foram executadas em cidades do Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Espírito Santo e Santa Catarina. A organização aliciava caminhoneiros para enviar cocaína a países europeus.

O líder foi preso com documentos falsos, há dois anos, tentando mudar de rosto em uma clínica de cirurgia plástica. “Ele foi o responsável por diversos homicídios de criminosos concorrentes no litoral do estado e por embarques de drogas através dos portos de Paranaguá (PR), Itajaí (SC) e Santos (SP)”, expõe a Receita Federal.

Apreensão recorde de cocaína

A instituição federal, porém, iniciou a apuração em 2017, a partir de apreensões no Porto de Paranaguá, as quais foram intensificadas em 2019. O destino da droga eram os portos de Roterdã, Antuérpia e Algecira, relata.

Fonte: Receita Federal do Brasil

“A quadrilha aliciava caminhoneiros para incluir pacotes de cocaína em cargas lícitas de exportadores que não sabiam da situação, utilizando o método conhecido como rip-on/rip-off”, explica a RFB. Com essa movimentação, houve recorde de apreensões de cocaína pela Receita Federal no porto paranaense em 2019.

Na trilha do dinheiro ilícito

A partir da Operação Down Fall, a Receita Federal passa a analisar se os investigados possuem fonte de renda lícita para aquisição de grande patrimônio, o qual foi sequestrado judicialmente com a ação. A investigação inclui, ainda, proprietários de construtoras e incorporadoras.

O órgão irá avaliar se empresas do ramo “contribuíram para a ocultação da verdadeira propriedade de bens pertencentes à organização criminosa e que de fato foram adquiridos com recursos ilícitos”, reporta. Será feito um pente-fino em declarações e operações dos investigados.

“O mesmo ocorre com os recebimentos em ‘espécie’, que devem ser comunicados” às instituições devidas por meio da Declaração sobre Operações em Moeda em Espécie (DME). A ausência dos procedimentos formais pode “caracterizar o auxílio material para a prática do crime de lavagem ou ocultação de bens”, pontua a Receita Federal do Brasil.

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1 comentário
  1. Gildenio Diz

    Daqui uns dias serão soltos pelo STF, a droga apreendida não servirá de provas. Os advogados já estão providenciando a carteirinha de vacinação para que sejam logo soltos.

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