Um homem foi preso em Foz do Iguaçu por portar droga para consumo pessoal, na região da Ponte Internacional da Amizade, fronteira do Brasil com o Paraguai. Ao chegar à delegacia, recebeu outra ordem de prisão pelo crime de injúria racial contra servidor público.
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O acusado era conduzido pelos policiais, quando eles encontram o delegado Rodrigo Souza, homem negro e que se preparava para deixar o órgão. A pessoa presa, ao sair da viatura, questionou o fato de estar algemada e desferiu o ataque.
“Por que estou algemado se não sou negro como aquele ali?”, disse, referindo-se ao delegado, que adentrava o seu veículo, mas imediatamente deu voz de prisão por injúria racial. Os agentes realizaram a lavratura do flagrante.
Injúria racial
A prisão tem como base a Lei Federal n.º 7716, informou a 6.ª Subdivisão Policial (SDP) de Foz do Iguaçu. A norma impõe pena de reclusão e multa a quem injuriar ou ofender qualquer pessoa em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional.
A Polícia Civil frisou que mantém compromisso “em combater todas as formas de discriminação e violência”. A instituição complementou afirmando “que a lei será aplicada com rigor em todos os casos, inclusive de injúria racial”.
Primeira prisão
O homem preso por injúria racial contra o delegado foi detido, antes, após socar o capô da viatura da Polícia Civil, na região da Ponte da Amizade, nessa terça-feira, 12, no final da tarde. Ele atravessara a rua fora da faixa de pedestre.
Com respostas debochadas e comportamento agressivo, conforme descreveu a polícia, o homem foi submetido a uma revista. Com ele foi encontrada uma porção de maconha, em quantidade considerada como sendo para consumo.
“Quando percebeu que seria conduzido para delegacia, ficou mais agressivo e foi contido com uso de algemas”, relatou a 6.ª SDP. A equipe fazia diligência com uma viatura Hilux caracterizada.
Não devo generalizar mas xenofobia e injúria racial não é novidade nesta cidade. Comigo mesmo, até agora de forma sutil.