Homem negro, o delegado da Polícia Civil em Foz do Iguaçu Rodrigo Silva de Souza apurava uma denúncia de abuso infantil quando sofreu ataques de injúria racial na terça-feira, 13. O acusado, de 50 anos, foi preso em flagrante pelos crimes de:
- injúria racial;
- desacato; e
- ameaça.
EDITORIAL: Igualar injúria racial a racismo reforça que esse crime não pode ser tolerado
Relatou a assessoria da 6.ª Subdivisão Policial (SDP) que o delegado chegou ao local para a averiguação, sendo recebido com xingamentos. As ofensas incluíram palavras de baixo calão contra o servidor público.
O policial foi chamado, primeiro, de “bandido” e “vagabundo”, palavrões seguidos de ameaças. O acusado dizia que “tinha amigos na polícia e que o delegado iria perder o cargo”, reportou a Polícia Civil em Foz do Iguaçu.
“Além disso, o indiciado gritou que a vítima não tinha cara de policial”, prosseguiu a instituição. Ele continuou “proferindo a seguinte frase: ‘Olha sua cor e suas tatuagens, você não é polícia nada, você é bandido’”.
Injúria racial
O homem foi preso em flagrante e conduzido à Cadeia Pública Laudemir Neves. A criança de 5 anos de idade, atendimento para a qual a polícia foi mobilizada, foi entregue ao Conselho Tutelar por encontrar-se em situação de risco social, pontuou a 6.ª SDP.
Em setembro do ano passado, um homem foi preso também por injuria racial contra o delegado Rodrigo Silva de Souza. Esse crime tem pena de prisão e multa a quem ofender qualquer pessoa em razão de raça, cor, etnia ou procedência nacional.
É crime
É dever do conjunto da sociedade coibir e eliminar práticas racistas. Toda pessoa vítima desse crime deve denunciar o agressor para que as providências e responsabilizações sejam adotadas.
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