Cocaína adulterada mata 20 argentinos e intoxica mais de 200

Há ainda 84 pessoas internadas, das quais cerca de 20 em estado crítico, informa a imprensa argentina.

Há ainda 84 pessoas internadas, das quais cerca de 20 em estado crítico, informa a imprensa argentina.

Tragédia na província de Buenos Aires. A venda de cocaína adulterada provocou a morte de 20 argentinos e levou 84 a hospitais, dos quais cerca de 20 estão internados em estado crítico.

Ainda se desconhece qual substância foi misturada à cocaína, mas o secretário de Segurança de Buenos Aires, Sergio Berni, disse que é um opiode. “Se for (resultado de) uma guerra entre traficantes, não estamos detendo os que estavam distribuindo a droga”, disse, segundo o jornal La Nación.

A cocaína era adquirida n assentamento Porta 8 do município de Tres de Febrero, a cerca de 30 km de Buenos Aires.

A mortandade poderia ter sido ainda maior se não tivessem sido identificadas mais doses de cocaína adulterada, nas buscas feitas pela polícia ainda durante a madrugada desta quinta-feira, que resultaram na apreensão de 15 mil doses similares.

Ainda durante a madrugada desta quinta-feira, a polícia argentina deteve o homem que seria o chefe da quadrilha de traficantes do município de San Martin, Joaquín Aquino, suspeito de ser o possível distribuidor da cocaína envenenada. Já há cerca de 10 pessoas presas.

O secretário de Saúde de Buenos Aires, Nicolás Kreplak, informou que, nas últimas 24 horas, 214 pessoas fizeram consultas por intoxicação.

E a cocaína adulterada pode continuar em circulação, colocando em risco a vida de quem a consumir.

O antídoto ao veneno, distribuído rapidamente aos viciados, conteve a mortandade, disse Kreplak.

A principal hipótese é que a substância misturada à cocaína seja o fentanilo, um poderosíssimo opiáceo, segundo La Nación.

O produto não tem cheiro e é entre 25 e 50 vezes mais potente que a heroína. Ele começou a ser utilizado nos anos 1960 como um anestésico intravenoso, e hoje é a principal preocupação de autoridades dos Estados Unidos, já que está relacionado cada vez com mais mortes.

PARAGUAIO ENVOLVIDO

Entre os presos suspeitos de vender a cocaína adulterada está o paraguaio Joaquín Aquino, conforme noticiou o jornal Última Hora, de Assunção.

No momento da detenção, foram encontradas no “bunker” de Aquino doses similares às que provocaram as 20 mortes, além de uma pistola Glock 9 milímetros e dinheiro em espécie.

Aquino foi preso junto com outras sete pessoas no município de Tres de Febrero, a 30 km de Buenos Aires.

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