Motorista de caminhão não obedeceu à ordem de parada durante patrulhamento da Operação Hórus; 4 mil quilos do produto foram retirados de circulação.
Policiais militares do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), em ação conjunta com policiais federais, apreenderam uma carga com quatro mil quilos de agrotóxicos contrabandeados, na região rural de São Miguel do Iguaçu (PR), nessa sexta-feira, 7. O motorista do caminhão não obedeceu à ordem de parada dos agentes de segurança e fugiu.
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O veículo foi abandonado pelo condutor, que empreendeu fuga a pé pela mata da região, não sendo encontrado pelos policiais. “Estima-se um prejuízo de 10 milhões de reais aos criminosos somente com esta apreensão, realizada pela Operação Hórus”, informou o BPFron via assessoria. O veículo e o contrabando foram levados à Receita Federal em Foz do Iguaçu.
Sediado em Foz do Iguaçu, Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF) produziu um estudo (clique para ler) sobre o contrabando de agroquímicos que passa pelas áreas fronteiriças do país. O objetivo principal foi o de descrever o roteiro desse ilícito que cresce vertiginosamente em movimentação e organização de quadrilhas, afirma.
“A fragilidade das fronteiras brasileiras, porém, expõe a agricultura nacional ao uso indiscriminado desses produtos, uma prática de efeitos econômicos presumíveis, mas de consequências nocivas ainda imensuradas para toda a nação”, sustenta o IDESF. A pirataria de agrotóxicos representa riscos severos para a economia, ao meio ambiente e para a saúde pública, frisa.
O limite do Brasil com o Paraguai é um ponto de preocupação quanto ao contrabando dos produtos, que viajam por rotas terrestres, marítimas, fluviais e aéreas. Por via terrestre, boa parte dos agroquímicos que entravam no país, vindos do território paraguaio, passavam pela fronteira.
“Até há pouco tempo, o maior volume era atravessado por Foz do Iguaçu, que ainda hoje é um grande ponto de passagem, embora a travessia da fronteira tenha sido pulverizada para outras regiões fronteiriças”, aponta o Idesf.
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