As forças estaduais de segurança pública registraram aumento de 65% no volume de maconha apreendida no Paraná, de janeiro a maio deste ano. Nesse período, foram retiradas de circulação 132 toneladas da erva – em 2020, foram 80 toneladas nos cinco primeiros meses.
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O maior registro mensal ocorreu em maio, quando as polícias Civil e Militar apreenderam 53,5 toneladas de maconha, informa a Agência Estadual de Notícias (AEN). A quantidade de crack confiscada também aumentou.
As polícias capturaram 802 quilos de crack, ante 321 quilos no ano passado, em cinco meses. “O aumento foi de 149%. A maior quantidade foi recolhida em março, mês em que foram localizados 406 quilos da droga”, segundo a AEN.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SESP) atribui o aumento das apreensões a uma série de fatores. Investigação, policiamento e trabalho de inteligência foram o tripé principal, somado à participação do cidadão em denúncias anônimas pelo Disque-Denúncia 181.
“O Paraná tem uma malha viária muito extensa que nos liga a outros estados como São Paulo e Santa Catarina, além da fronteira com o Paraguai e Argentina”, expõe o secretário da Segurança Pública, Hudson Teixeira. Por isso, avalia, a inteligência tem um papel preponderante.
“A quantidade expressiva de drogas apreendidas no período se deve ao trabalho de inteligência das polícias”, sublinha. O volume de informações produzido é compartilhado entre as forças militar e civil, assim como o policiamento de fronteira.
Fronteiras
Na faixa de fronteira, detalha a Secretaria de Segurança Pública, as ações são desenvolvidas em conjunto com forças federais. Estão envolvidos o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) e as unidades da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal.
A atuação integrada e permanente leva a operações para garantir a segurança da região, bloqueando a entrada e distribuição de entorpecentes. As ações são realizadas nas áreas próximas às pontes internacionais, nos rios e lagos, na BR-277 e em estradas vicinais.
“Com o uso de tecnologias avançadas, é possível identificar e interceptar os ilícitos”, pontua o comandante do Pelotão COBRA do BPFron, tenente Vitor Cristiano Dorecki. “Muitas vezes interditando a droga antes que chegue ao destino final, seja no Rio Paraná, na área ribeirinha ou nas rodovias.”
Drogas destruídas
Nesta semana, a 6.ª Subdivisão da Polícia Civil, em Foz do Iguaçu, destruiu grande quantidade de entorpecentes apreendidos. A incineração ocorreu em uma cidade da região, sob forte esquema de segurança devido ao volume de drogas.
Ilícitos destruídos pela Polícia Civil:
- maconha: 7.296 quilos;
- cocaína: 58,2 quilos;
- crack: 0,346 gramas;
- haxixe: 4.630;
- bicarbonato de sódio: 0,930; e
- pés de maconha: 10.
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