Trânsito: confira as vias e cruzamentos mais perigosos de Foz do Iguaçu

Seis acidentes ocorrem em média por dia na cidade. Somente neste ano foram registradas 1,4 mil ocorrências, que resultaram em oito óbitos.

Entre janeiro e julho, 1.394 acidentes foram registrados pelo 9.º Grupamento de Bombeiros em Foz do Iguaçu. Isso dá uma média de 6,6 ocorrências diárias atendidas pela corporação entre casos leves, moderados e graves. Para oito pessoas os acidentes foram fatais.

Em um levantamento realizado com base nos dados do Sistema de Registro e Estatísticas de Ocorrências do Corpo de Bombeiros (Sysbm), mapeamos os pontos específicos/cruzamentos mais críticos da cidade de janeiro de 2022 para cá. Confira o nosso infográfico:

As ocorrências registradas em 2023 (entre janeiro e julho) envolveram mais de 3,3 mil pessoas. Muitas delas, jovens. Para se ter uma ideia, 49,3% dos envolvidos estão na faixa etária entre 20 e 34 anos. Já em relação ao horário dos acidentes, eles costumam acontecer nos chamados horários de pico (35,1% ocorreram entre as 16h e as 20h).

O número de acidentes é 7,9% maior que o registrado no mesmo período do ano passado e chega próximo a 2019, no período pré-pandemia. A maioria dos acidentes foi resultado de colisões entre veículos (61,1%), seguidas por quedas de veículos (25,5%) e atropelamentos (7,7%). Também figuram na lista choques contra anteparos (postes e muros, por exemplo), capotamentos, saídas de pista e tombamentos.

Do total de ocorrências deste ano, 82 aconteceram em trechos da BR-277, mas outras vias importantes da cidade – como as avenidas República Argentina, Paraná e Tancredo Neves (BR-600) – também figuram na lista.

Imprudência continua sendo a principal causa dos acidentes

Para o tenente-coronel Amarildo Ribeiro, comandante do 9.º Grupamento de Bombeiros, os acidentes em Foz ocorrem principalmente devido à falta de atenção. Foto: Comunicação Social 9ºGB

O tenente-coronel Amarildo Ribeiro, comandante do 9.º Grupamento de Bombeiros, ressalta que os acidentes em Foz ocorrem principalmente devido à falta de atenção causada pelo uso do celular ao volante. “Infelizmente se tornou um hábito das pessoas, mas que tira a atenção e provoca muitos acidentes. É só parar em uma esquina e observar a quantidade de motoristas que olham o celular”, alertou.

Durante os atendimentos do SIATE, do Corpo de Bombeiros, os militares são informados também de que o avanço do sinal vermelho, não apenas em vias com semáforos, mas também naquelas sinalizadas, é uma causa constante de acidentes, assim como o consumo de bebidas alcoólicas, principalmente nos fins de semana. Sobre esses quesitos, Ribeiro lembrou que o fluxo intenso de turistas e motoristas dos países vizinhos que não conhecem a cidade e o trânsito acaba incidindo e envolvendo essas pessoas em acidentes.

O tenente-coronel disse ainda que com a pandemia se percebeu aumento da quantidade de motociclistas fazendo entregas sem habilitação ou curso preparatório, o que também elevou o total de acidentes e de óbitos.

A maioria dos acidentes segue envolvendo motocicletas pela facilidade que elas podem ter no trânsito. No entanto, isso resulta em direção de risco, com motociclistas associando velocidade e imprudência nas ruas. “Sabemos que muitos precisam ajudar as famílias. É uma questão social, mas que impactou e segue impactando nos casos e nos riscos que correm esses motociclistas que trabalham contra o tempo”, disse o comandante dos bombeiros.

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