Trabalhadores do Hospital Municipal aceitam proposta e suspendem greve

Profissionais da saúde aprovaram pagamento da data-base após mediação do Ministério Público do Trabalho.

Prevista para iniciar nesta quarta-feira, 12, a greve dos trabalhadores do Hospital Municipal Padre Germano Lauck está suspensa. A categoria aprovou, com 60% dos votos on-line, a proposta feita pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) durante audiência mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

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Ficou acordado:

  • aumento de 3,83% aplicado já no mês de julho e mais 8% sobre o piso atual na competência setembro, ou seja, efetuado em outubro;
  • pagamento de retroativos da diferença de 4,17%, dos meses de maio, junho, julho e agosto, a partir de janeiro de 2024; e
  • vale-alimentação passará a R$ 660, com pagamento dos retroativos.

Ainda, o MPT irá avaliar “a reversão de valores de uma ação civil pública contra a Fundação para uso no pagamento dos direitos aos trabalhadores”. A informação é da direção do Sindicato de Empregados em Estabelecimentos e Serviços de Saúde (SEESSFIR). A Fundação Municipal de Saúde gere o hospital com recursos públicos, transferidos pela prefeitura.

“Já estivemos em frente ao hospital retirando a dúvida dos trabalhadores e explicando como funcionará aplicação da proposta”, expôs o presidente do Sindicato da Saúde, Paulo Sérgio Ferreira. Segundo ele, as partes encaminharão a documentação para formalizar o Acordo Coletivo de Trabalho.

Hospital Municipal e condições de trabalho

As reclamações dos profissionais da saúde são frequentes em relação à gestão do Hospital Municipal, que já incluiu falta de materiais, sobrecarga e pagamento inadequado de benefícios. Não é a primeira vez que os trabalhadores precisam aprovar greve na unidade pública de saúde para que os gestores abram negociação sobre as pautas laborais.

A reportagem pediu o posicionamento da gestão municipal. A assessoria informou que a Fundação de Saúde emitiria nota nessa segunda-feira, 10, o que não aconteceu. Na ata da primeira audiência no MPT, a Fundação Municipal de Saúde alegou não dispor de recursos próprios e que reajustes salariais poderiam afetar o limite prudencial da folha de pagamento.

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