Disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), a profilaxia Pré-Exposição de Risco à Infecção pelo HIV (PCDT-PrEP) está tendo pouca procura em Foz do Iguaçu, apesar do aumento nos casos da doença.
Conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde, atualmente há mais de cinco mil pacientes portadores de HIV cadastrados no sistema de saúde municipal. A maior parte é da faixa etária de 20 a 50 anos, no entanto também existem pessoas mais novas que apresentam a doença.
O número de casos tem crescido nos últimos anos, o que reforça a importância das ações preventivas e de conscientização que vêm sendo realizadas pela rede pública, reforça a secretaria.
Dados da Secretaria do Estado da Saúde (Sesa) indicam um aumento da incidência da doença na cidade a partir de 2021, o que pode aproximar-se de patamares de 2017/2018, quando o número de casos disparou (ver tabela abaixo).
Feita com o uso de antirretrovirais (ARV) orais, a PrEp está disponível no Serviço de Assistência Especializada (SAE), que fica na Avenida JK, 2.826. Segundo a médica infectologista Flávia Trench, qualquer pessoa pode ter acesso à profilaxia. Para isso, é necessário fazer teste de HIV, disponível no próprio SAE.
Com a PrEp é possível ter relações sexuais sem risco de adquirir o vírus HIV. Contudo, esse tipo de profilaxia não evita a transmissão de outras doenças, a exemplo de herpes, sífilis e gonorreia.
Flávia afirma que a baixa procura pela PrEp se deve à falta de informação. “Nós temos uma baita ferramenta de prevenção que as pessoas não estão indo buscar porque não têm conhecimento”, frisa.
Taxa de detecção de HIV em indivíduos com 13 anos ou mais em Foz do Iguaçu notificados no Sinan:
2014 – 21,37
2015 – 39,42
2016 – 28,50
2017 – 40,89
2018 – 46,79
2019 – 43,27
2020 – 25,93
2021 – 32,45
2022 – 41,16
Fonte: SESA/SVS/CEPI/DVDST/AIDS/HV. Atualizado em 8/11/2023
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