Com enfoque multidisciplinar, profissionais das áreas médicas, da sociologia, da antropologia e do direito abordaram a oncologia hospitalar em Foz do Iguaçu e na região trinacional, no último dia 21. Aberto para a comunidade, o evento reuniu especialistas, professores, estudantes e gestores públicos.
LEIA TAMBÉM: Observatório Social realiza seminário para marcar 15 anos de trabalho voluntário em Foz
A programação contou com palestras, debate e proposições. O diálogo foi promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codefoz), por meio da Câmara Técnica de Saúde, em parceria com o serviço de oncologia do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC).
Um dos objetivos foi integrar profissionais do Brasil e do Paraguai e discutir a oncologia a partir de diferentes olhares técnicos, por isso o encontro multidisciplinar. Com efeito, os apontamentos partiram de uma visão sistêmica do processo de adoecimento.
Os investimentos no serviço oncológico do HMCC foram ressaltados no evento, que também apontou a necessidade de ampliação da comunicação entre a rede básica e os hospitais. Assim como a importância da aproximação entre o setor de saúde e as universidades.
“Somos causa e efeito das doenças. Assim, incluímos nesse pensar da oncologia profissionais que agregam outros conhecimentos e visões”, enfatizou o coordenador da Câmara Técnica de Saúde do Codefoz, Dr. Valter Teixeira. “Os números não nos permitem ficar em acomodação, então buscamos essa associação de intenções e ações”, completou.
Doença, tratamento e direitos
Durante as exposições, a Dra. Juliana dos Remédios apresentou os avanços do tratamento com quimioterapia, apontando novos medicamentos e métodos. Já o Dr. Dante Morelli Machado retratou dados de acolhimento de pacientes com doença avançada em Foz do Iguaçu.
O serviço de radioterapia/braquiterapia no Hospital Costa Cavalcanti foi detalhado pelo Dr. Victor Emmanuel Evangelista da Silva. A relação saúde-doença, conforme visão da academia – como interpreta e atua –, foi tema da professora doutora Maria Leandra Terencio, da Unila.
O docente Ms. Joaquim Buchaim, da UDC, inseriu temas da antropologia e da sociologia nas reflexões proporcionadas pelo encontro sobre oncologia. E a abordagem enfocando saúde e educação ficou a cargo do Dr. Ryon Braga, da Rede Multiversa.
O Ministério Público do Paraná foi representado pela Dra. Saionara do Amaral Copetti e Dr. Luis Marcelo Mafra. E as medidas que estão em debate no Congresso Nacional do Brasil, as quais poderão impactar o orçamento da assistência em Foz do Iguaçu, foram o tema trazido pelo chefe da 9.ª Regional da Saúde, Juliano Pedroso.
“Agradecemos a confiança e a participação de cada profissional envolvido nesse trabalho, que trata de uma área extremamente complexa da saúde, que é a oncologia”, enalteceu o presidente do Codefoz, Fernando Castro Alves. “Nosso propósito é somar, agregar, sempre pensando em melhorias e no atendimento humanizado”, concluiu.
Já o diretor administrativo-financeiro do HMCC, Ronaldo Tavares, em nome do Conselho Diretor, agradeceu o espaço proporcionado pelo Codefoz e destacou a importância desse momento para toda a região. “Nosso foco deve ser a atenção integral ao paciente, e eventos como esse são fundamentais para o alcance desse objetivo”, finalizou.
Oncologia do HMCC
O Hospital Costa Cavalcanti é referência no tratamento de oncologia para pacientes de Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Medianeira, Matelândia, Ramilândia, Serranópolis do Iguaçu, Itaipulândia e Missal – municípios da área de abrangência da 9.ª Regional de Saúde. Desde 2002, o HMCC oferece tratamento com radioterapia e quimioterapia, além de cirurgias, entre outros.
O Centro de Oncologia conta com 20 consultórios e capacidade para atendimento a mais de 1.500 pacientes/mês. Com a recente ampliação (maio de 2024), o Costa Cavalcanti passou a centralizar num só local os serviços para tratamento ao câncer.
No local são feitos desde atendimentos ambulatoriais até exames diagnósticos. A infraestrutura da clínica também possui salas de curativos e de observação. No piso superior, foram reformados os quartos e construídas três enfermarias para o internamento e dois leitos de isolamento.
(Assesssoria)
Comentários estão fechados.