Nos canais do município, redes sociais, meios de comunicação e Câmara de Vereadores, as reclamações referentes ao atendimento na saúde pública de Foz do Iguaçu são recorrentes e ocupam lugar de destaque. Já a prefeitura afirma ter feito o que chama de “maior investimento da história” em prevenção.
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Pela imprensa oficial, a administração faz chegar ao público que o número de equipes da Saúde da Família aumentou 125% desde 2017, em seis anos, passando de 35 (46% de cobertura) para 81. Essa estratégia é a tida como principal adotada pela municipalidade na promoção e prevenção em saúde.
“Com a ampliação, Foz do Iguaçu alcançou a meta de 100% de cobertura”, publicou a Agência Municipal de Notícias (AMN). Com efeito, sustenta a gestão do prefeito Chico Brasileiro (PSD), “toda a população possui uma equipe como referência para acompanhamento e continuidade do cuidado”.
De janeiro a julho deste ano, a atenção primária realizou cerca de 400 mil atendimentos, uma média de 50 mil por mês, contabiliza a prefeitura. Para ampliar as equipes de Saúde da Família, a administração informa que contratou auxiliares de enfermagem, passando de 151 vagas para 369; cirurgiões-dentistas, de 34 para 82; enfermeiros, de 78 para 155; médicos, de 11 para 19; e agentes comunitários de saúde, de 231 para 326.
“Priorizamos o investimento nas políticas de prevenção à saúde e a ESF [Saúde da Família] é a principal estratégia neste sentido”, reportou Chico Brasileiro. “As equipes atuam promovendo vínculo com os usuários das Unidades de Saúde, fazendo um acompanhamento muito próximo, identificando situações de risco e promovendo a saúde”, disse.
Cobrança
Demora para atendimento em procedimentos como consultas com especialistas e cirurgias, o que no passado já foi chamado de “fila da dor”, é uma queixa frequente de quem só tem a saúde pública como solução para problemas de saúde. Na Câmara de Vereadores, em agosto, a cada dez requerimentos à administração, três foram cobrando melhorias e informações no setor.
Vereadores de diferentes partidos apresentaram requerimento pedindo esclarecimentos como:
- repasses de recursos públicos à Fundação de Saúde;
- contratos com empresas de recepção nas unidades de saúde;
- cobrança em relação a atendimentos e cirurgias em pacientes;
- investimentos em suportes profilático e terapêutico na saúde.
No final do ano passado, o Ministério Público do Paraná contabilizou a espera por 40 mil procedimentos na saúde de Foz do Iguaçu. No último sábado, 2, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizou mutirão de triagem para destravar a fila de pessoas que aguardam cirurgias eletivas na cidade.
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