Porto Meira e região concentram 4 a cada 10 casos de dengue em Foz do Iguaçu

Em toda a cidade, 7% das ocorrências confirmadas são de doença com sinais de alarme ou grave.

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Boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura nessa terça-feira, 4, mostra que a área Sul, região do Porto Meira, concentra 39% dos casos de dengue em Foz do Iguaçu. O percentual representa 710 ocorrências confirmadas da doença transmitida pelo Aedes aegypti, cerca de 4 a cada 10 confirmações da arbovirose.

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A região foi a primeira a receber mutirões ambientais realizados pela gestão municipal, em que foram recolhidas mais de 500 toneladas de lixo e vistoriados sete mil imóveis. Depois, as mobilizações foram para as regiões Leste e, nesta semana, para o Norte da cidade, seguindo o mapa de calor que mostra maior infestação.

O informe revela que Foz do Iguaçu soma 26.266 notificações e 1.843 casos de dengue, no ano epidemiológico 2022–2023, iniciado em agosto. No período, são cinco mortes pela doença, quatro delas ocorridas nos meses de fevereiro e março.

A cidade enfrenta uma das piores epidemias de dengue da sua história, o que leva à lotação das unidades de saúde. Com a falta de vagas no Hospital Municipal, a prefeitura recorreu ao Governo do Estado para a contratação de mais 50 leitos em hospital particular.

A Região Norte da cidade é a segunda com o maior número de casos de dengue, com 426 registros, o que representa 23% da incidência da doença no município. Conforme o boletim epidemiológico dessa terça-feira, a distribuição pelas cinco regiões da cidade (distritos sanitários) é a seguinte:

Casos locais (autóctones):

  • Sul: 710 casos (39%);
  • Norte: 426 casos (23%);
  • Leste: 305 casos (17%);
  • Nordeste: 169 casos (9%);
  • Oeste: 155 casos (8%)
  • Ignorados: 38 casos (2%).

Casos importados:

  • Brasil: 26 (1%);
  • Paraguai: 14 (1%).
Fonte: Prefeitura de Foz do Iguaçu


Mais grave

Profissionais da saúde iguaçuense afirmam que os casos de dengue recrudesceram, implicando maior tempo para a recuperação e, quando é o caso, de internamento hospitalar. Esse elemento é um fator que contribui para dificultar o controle da doença.

Dos mais de 1,8 mil casos de dengue, 7% exigem maior preocupação quanto às condições do paciente e do tratamento. Isso porque 6% do total (118) são ocorrências com sinais de alarme e 1% (16) é a manifestação de dengue grave.

O maior número de casos recai às mulheres, com 1.039 confirmações (56%), ante 804 referentes a homens (44%). Por faixa etária, a doença acomete em maior nível pessoas nas idades entre 15 e 29 anos e de 20 a 44 anos, sendo:

  • abaixo de 1 ano: 14 casos (1%);
  • 1 a 14 anos: 380 (21%);
  • 15 a 29 anos: 491(27%);
  • 30 a 44 anos: 448 (24%);
  • 45 a 59 anos: 295 (16%);
  • 60 ou mais: 215 (12%).

*Fonte: Divisão de Vigilância Epidemiológica/Sinan Online. Dados preliminares até 4/4/2023.

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