Surgido em 2020, em parceria entre a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e o Hospital Municipal Padre Germano Lauck (HMPGL), o Laboratório de Biologia Molecular acaba de ser credenciado pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) para a realização de exames para o diagnóstico de doenças como a dengue.
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Com o credenciamento, comunicado no final de março, a expectativa é de diminuição no tempo de espera pelo resultado em Foz do Iguaçu. Desde a liberação, já foram analisadas no local 657 amostras de pacientes com suspeita de dengue (os equipamentos detectam os quatro sorotipos da doença), zika e chikungunya.
“A ampliação da capacidade de testagem sempre será assertiva e reduzirá o tempo de espera pelo resultado do exame, visto que a detecção precoce do patógeno no período de incubação contribui de maneira importante para a redução de sequelas e óbitos decorrentes da infecção”, explicou a professora Maria Leandra Terencio, do curso de Medicina, citada pela assessoria da Unila.
“O exame realizado é um teste molecular discriminatório, baseado na amplificação e detecção de ácidos nucleicos dos vírus em amostras de sangue de pacientes com suspeita de infecção. Todos os patógenos são investigados na mesma amostra do paciente, não havendo diferença nos exames, independentemente do alvo”, destacou a professora, responsável pela implantação dos testes.
Os exames são coletados nas unidades de saúde de Foz do Iguaçu e encaminhados para o laboratório, que funciona junto ao HMPGL e tem equipe formada por servidores da universidade e do hospital, bem como por estagiários dos anos finais dos cursos da área da saúde.
Foz do Iguaçu vive, atualmente, uma epidemia de dengue, com mais de 30 mil casos suspeitos notificados e 2,1 mil confirmados. Outra emergência sanitária é o surto de chikungunya no Paraguai, que tem sobrecarregado a rede de saúde no país vizinho e feito com que muitos pacientes procurem atendimento no lado brasileiro da fronteira.
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