Um morador de Foz do Iguaçu que possui o sangue raro Kell-Null integra o esforço de equipes de saúde para salvar uma paciente de Teresina, Piauí. Aos 38 anos, a pessoa que precisa da transfusão está com anemia em estado grave.
O doador iguaçuense prefere não ser identificado publicamente, conforme a Agência Estadual de Notícias (AEN). Ele está entre o seleto grupo de três pessoas com essa tipificação sanguínea que integram o Cadastro Nacional de Sangue Raro (CNSR).
A ação em saúde é uma força-tarefa nacional. O sangue é recolhido pelo Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), percorrendo mais de três mil quilômetros de Foz do Iguaçu até a receptora em Teresina, frisa a AEN. O transporte é feito pelo Ministério da Saúde (MS).
A Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados (CGSH) do Ministério da Saúde acionou os hemocentros de todo o Brasil para identificar possíveis doadores do sangue raro Kell-Null no começo do mês. Na busca, chegou-se ao morador de Foz do Iguaçu.
“Dentre os fenótipos já conhecidos, o Kell-Null ocorre quando o indivíduo não possui nenhum antígeno do sistema Kell e é extremamente raro”, explica a AEN. É encontrado em apenas 0,01% da população mundial.
Quem tem esse fenótipo só pode receber doações de pessoas que tenham a mesma variação, dificultando a compatibilidade. Esse tipo de sangue é mais presente em países como Finlândia, Japão e Reino Unido, elenca a agência pública de notícias.
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