Ivermectina não cura dengue, adverte a Saúde, ante fake news

O órgão não reconhece protocolo que inclua o parasitário no tratamento da doença transmitida pelo Aedes aegypti.

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O Ministério da Saúde divulgou nota em que orienta a população sobre o fato de a ivermectina não ser eficaz contra a dengue. O parasitário voltou a figurar em conteúdos nas redes sociais, inclusive de alguns profissionais da saúde, informa a pasta.

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As mensagens que relacionam o medicamento ao combate da doença não apresentam dado ou fonte de comprovação, enfatiza o órgão federal. O ministério lembra que a ivermectina já havia sido recomendada, porém sem eficácia comprovada, no chamado “tratamento precoce contra a covid-19”.

O Ministério da Saúde é enfático: “A ivermectina também não é eficaz em diminuir a carga viral da dengue.” E complementa que não reconhece protocolo que inclua o remédio no tratamento da infecção provocada pelo virus transmitido pelo Aedes aegypti.

“Disseminação de fake news, principalmente quando se trata de um cenário epidemiológico que pede atenção, é extremamente perigoso”, assevera em nota. Pelo protocolo oficial, o médico deve identificar os sintomas em pesquisa com o paciente e, se preciso, requerer exames laboratoriais.

Tratando a dengue

Segundo o Ministério da Saúde, em casos leves de dengue, a recomendação, sob prescrição médica, é:

  • repouso enquanto durar a febre;
  • hidratação (ingestão de líquidos);
  • administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre.

“Na maioria dos casos, há uma cura espontânea depois de 10 dias”, informa a Agência Brasil (ABr). O paciente deve retornar à unidade de saúde se surgirem sinais de alarme, como dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.

“O protocolo sugere a internação do paciente para o manejo clínico adequado”, cita a nota do ministério. Os procedimentos clínicos, prossegue, seguem “bases científicas e evidências de eficácia que garantem a segurança do paciente”. E o medicamento é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na segunda quinzena de fevereiro, o governo federal iniciará a vacinação contra a dengue em mais de 500 cidades, 30 delas no Paraná, incluindo Foz do Iguaçu. Na primeira etapa, o imunizante que será ofertado na rede pública será destinado a crianças e adolescentes com idade entre 10 e 14 anos.

Sintomas de dengue

O Ministério da Saúde reforça os principais sintomas de dengue, como febre alta, acima de 38°C. Outro indicativo é dor no corpo e nas articulações, bem como dor atrás dos olhos e de cabeça. Os sinais mais comuns ainda incluem mal-estar, falta de apetite e manchas vermelhas no corpo. A infecção pode ser assintomática ou apresentar quadros leves.

“Nestes casos, é indicado buscar a unidade de saúde mais próxima para garantir uma avaliação do quadro e orientação para tratamento adequado dos sinais e sintomas apresentados”, salienta o órgão federal. Identificar rapidamente a doença é fundamental para o tratamento dar resultado.

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Fonte: EBC/Ministério da Saúde
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