Foz do Iguaçu registra queda de 96% em casos de dengue, diz prefeitura

Gestão municipal atribui a queda da incidência da doença em 2025 a serviços de limpeza, educação e biotecnologia.


O número de casos confirmados de dengue em Foz do Iguaçu caiu 96%, segundo a prefeitura. O levantamento é referente aos três primeiros meses de 2025, de janeiro a março, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

As mortes causadas pela doença vetorizada pelo mosquito Aedes aegypti estão zeradas no momento, e os casos graves foram mitigados de 91 para 11, expõe a administração.

O município atribui a redução drástica da doença em 2025 a serviços de limpeza, educação e biotecnologia, o que considera ser uma “política pública integrada”. O uso de tecnologia atende pelo Método Wolbachia, da Fundação Oswaldo Cruz e Ministério da Saúde.

“O nosso trabalho é diário, coordenado e baseado em ciência, dados e compromisso com a vida”, afirma o prefeito. “Os resultados mostram que estamos no caminho certo”, enfoca, avaliando que os números resultam do trabalho contínuo e integrado.

Dengue em Foz

No balanço, a prefeitura elenca que, entre janeiro e março, intensificou a limpeza urbana, realizando 476 podas de árvores – contra 43 na mesma época de 2024. No período, foram removidas 4.800 toneladas de entulho.

“O mosquito da dengue se aproveita do descuido. Nosso trabalho é impedir que ele tenha espaço para se multiplicar”, aponta o secretário-executivo do gabinete do prefeito e coordenador do Comitê Municipal de Enfrentamento à Dengue, Jorge Ricardo Áureo Ferreira. Ele destaca o papel do cidadão nos esforços e as atividades de educação mantidas pela Divisão de Vigilância Ambiental do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

“A escola é nosso campo de ação mais transformador. As crianças aprendem e multiplicam esse conhecimento em casa”, opina a coordenadora técnica do setor Renata, Defante Lopes.

Método Wolbachia

Em biotecnologia, o aliado mencionado pela administração municipal é o Método Wolbachia, adotado em Foz do Iguaçu desde o ano passado. A iniciativa inclui uma biofábrica, que conta com o apoio de outros parceiros, como a Itaipu Binacional, inaugurada em 2024.

A tecnologia natural consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que impede a transmissão da dengue, zika e chikungunya. De agosto a março deste ano, mais de 34 milhões de mosquitos já haviam sido soltos em metade do território iguaçuense.

O impacto dessa metodologia complementar de combate à dengue está sendo avaliado. “A tecnologia leva um tempo para fazer efeito, mas essa estratégia, pensada com antecedência, será fundamental no médio e longo prazo”, diz Renata.

Otimista com o Método Wolbachia, a prefeitura pretende ampliar a cobertura para toda a cidade de Foz do Iguaçu no segundo semestre.

(Com informações da Agência Municipal de Notícias)

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