Foz do Iguaçu irá testar novo método contra a dengue

Ação do Ministério da Saúde consiste em “contaminar” o Aedes aegypti com uma bactéria, para impedir que os vírus de doenças se desenvolvam.

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O Método Wolbachia, que visa a conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, será testado em Foz do Iguaçu, que entrou na lista de seis cidades brasileiras incluídas na atual etapa de ampliação do estudo no país. A ação é do Ministério da Saúde.

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O método consiste em “contaminar” os mosquitos com a bactéria Wolbachia, a fim de impedir que os vírus de arboviroses se desenvolvam, informa a Agência Municipal de Notícias (AMN). O vetor da dengue também transmite a chikungunya e o zika vírus.

A bactéria Wolbachia não é transmitida para humanos ou outros mamíferos, conforme a agência de notícias iguaçuense. Esse método vem sendo difundido por uma iniciativa internacional sem fins lucrativos.

No estado, além de Foz do Iguaçu, Londrina foi selecionada para os testes. Foram escolhidos municípios com mais de cem mil habitantes e considerados fatores como clima e número de casos prováveis e de incidência de dengue, além da oferta de aeroporto.

A principal ação contra a dengue continua sendo o combate aos criadouros do mosquito, enfatiza a supervisora-técnica do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Renata Defante Lopes. “Continuaremos os trabalhos de vistorias e precisamos do apoio de toda a população, com os cuidados básicos de manter a limpeza em suas casas e quintais.”

Epidemia de dengue

Foz do Iguaçu foi a segunda cidade com mais mortes e casos de dengue do Paraná no ano epidemiológico 2022–2023, terminado em julho. Ficou atrás apenas de Londrina, que tem quase o dobro de moradores.

No período, 22 moradores iguaçuenses morreram por dengue, e foram 13.374 diagnósticos positivos da arbovirose. Os dados são do relatório final do ano epidemiológico, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). As notificações da doença superam 56 mil.

Sem trégua

O encerramento do ano epidemiológico agudo não trouxe alívio à população. No início deste mês, o total de casos levou a prefeitura a classificar Foz do Iguaçu como em “estado de atenção” para risco de epidemia para dengue, chikungunya e zika.

Os dados a partir de agosto expõem picos maiores da doença se comparados aos do mesmo período de anos anteriores. Em apenas dois meses, foram 1.696 casos, com 92 confirmações de dengue, mostra levantamento do começo do mês.

Conforme a administração, os indicadores projetam uma nova epidemia de dengue em Foz do Iguaçu. Cerca de 80% dos criadouros estão nas residências, em depósitos como lixo, recipientes de plástico, latas, entulhos e pequenos depósitos móveis.

O Índice de Positividade de Armadilhas (IPA), que é a presença de mosquitos adultos, teve resultado como “alto risco” para epidemias de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. O indicador foi de 9,42%, aferido pelas equipes do CCZ e divulgado no início de outubro.

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