Dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde, nessa terça-feira (21), mostram que Foz do Iguaçu está em quadro de epidemia de dengue, com o número de casos confirmados tendo saltado de 487 para 1.103 em apenas três semanas. Desse total, 87 pacientes desenvolveram a doença com sinais de alarme e 14 com a forma grave. Três mortes atribuídas à doença foram reportadas na cidade no atual ano epidemiológico.
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No Paraguai e na Argentina, por sua vez, a preocupação central é em relação a outra doença transmitida por meio da picada do mosquito Aedes aegypti: a febre chikungunya, que já provocou a morte de uma criança de apenas 1 ano em Ciudad del Este, conforme noticiado pelo H2FOZ no último dia 13.
Números atualizados até domingo (19) pela 10.ª Região Sanitária, responsável pela gestão da saúde no departamento (estado) de Alto Paraná, apontam que os municípios do lado paraguaio da fronteira somam 1.550 casos de chikungunya, em sua maioria referentes ao mês de março (há um atraso na divulgação dos resultados dos exames).
Atualmente, 48 pessoas estão internadas com a doença nos hospitais públicos da região metropolitana de Ciudad del Este, sendo 17 adultos, nove gestantes (maiores e menores) e 22 crianças e adolescentes. A prefeitura esteña declarou estado de emergência, com o objetivo de intensificar os trabalhos de eliminação dos criadouros do mosquito.
A dengue, segundo a 10.ª Região Sanitária, representa apenas 2% dos diagnósticos positivos de pacientes que procuram atendimento com sintomas como febre, dores nas articulações e manchas avermelhadas no corpo, comuns para as duas doenças.
Argentina
Na Argentina, o Ministério da Saúde informou, em seu boletim datado do último dia 12, o registro de 42 casos de chikungunya e cinco de dengue na província de Misiones, de um universo de 143 casos suspeitos notificados. Dos 42 positivos, pelo menos três são de moradores da cidade fronteiriça de Puerto Iguazú.
Com pouco mais de um milhão de habitantes, Misiones responde por 12% dos 341 infectados por chikungunya na atual temporada no país, embora a circulação local do vírus ainda esteja em investigação. Nas províncias de Buenos Aires, Córdoba, Corrientes e Formosa, bem como na capital federal, já há confirmação de casos autóctones.
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