Em Foz do Iguaçu, 1.400 mulheres esperam na fila de mamografia, conforme levantamento divulgado pela prefeitura. O exame é a forma mais eficaz para detectar precocemente o câncer de mama, segundo entidades médicas.
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A fila para mamografia foi informada pela Secretaria da Mulher, ao anunciar as prioridades deste início de gestão municipal. A pasta explanou que planeja ações em saúde, segurança e empreendedorismo feminino.
Para reduzir a espera por mamografia, a secretária Noemi Giehl pretende firmar parcerias. “Uma das alternativas é a parceria entre as pastas municipais para viabilizar transporte das usuárias aos serviços de saúde disponíveis nos outros municípios da região”, sugeriu, de acordo com a Agência Municipal de Notícias.
Na gestão do ex-prefeito Chico Brasileiro (PSD), o Hospital Municipal devolveu um aparelho novo de mamografia, após quase três anos sem fazer um único procedimento. O equipamento médico foi adquirido por R$ 690 mil, junto com outros, com recursos de convênio com a Itaipu Binacional – que não faz a gestão de recursos de entes conveniados.
Mamografia e câncer de mama
A mamografia é um exame de imagem empregado na detecção precoce do câncer de mama. Quando são constatadas alterações pré-malignas e tumores mamários muito pequenos, com esse exame, as chances de cura são de aproximadamente 95%, conforme a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
Segundo a entidade, geralmente, a mamografia é indicada para mulheres a partir dos 40 anos, mesmo que não apresentem sintomas da neoplasia. No país, a projeção de novos casos de câncer de mama para 2025 é de 74 mil diagnósticos, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Em seu site, a SBOC disponibiliza informações sobre métodos cientificamente comprovados para reduzir o risco de câncer: sboc.org.br/prevencao.
Consulta pública
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está realizando a Consulta Pública 144 – questionada por autoridades médicas. Segundo a autarquia, o objetivo é reunir contribuições sobre práticas em atenção oncológica.
Na proposta de norma que abrange a consulta, é sugerida como um dos critérios de pontuação para a certificação a realização de rastreamento populacional do câncer de mama bienalmente com mamografia em mulheres de 50 a 69 anos. Em nota, a ANS diz que “não há mudança na cobertura de planos de saúde para mamografias”.