Um grupo de trabalho irá formular propostas de melhorias no atendimento a pacientes de diabetes em Foz do Iguaçu e na fronteira. O tema foi discutido no Fórum de Saúde do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), sexta-feira, 28.
Foram pauta do encontro a rede de serviços, prevenção, troca de experiências e desafios do atendimento. Participaram profissionais da área médica, gestores públicos, promotoria, dirigentes de entidades, estudantes e professores dos três países.
Embora grave, a doença pode ser controlada com tratamento adequado, enfocaram especialistas. Os médicos apresentaram as principais dificuldades na assistência e refletiram sobre iniciativas para aperfeiçoá-la.
A secretária municipal de Saúde, Rose Meri da Rosa, apresentou a estrutura e o atendimento em Foz do Iguaçu. A chefe da 9.ª Regional de Saúde, Iélita Santos pontuou as ações do governo do Paraná. A A pró-reitora de Relações Institucionais e Internacionais da Unila Gladys Amelia Velez Benito, abordou o curso de Medicina.
O debate adquiriu o formato de permanência, explicou o diretor do Fórum de Saúde e presidente da Câmara Técnica de Saúde do Codefoz, Dr. Valter da Cruz Teixeira. O evento aprovou a criação de um grupo de trabalho.
“A intenção é termos uma visão mais clara, a partir de todos os agentes de saúde participantes do evento, de como é a estrutura de atenção ao paciente de diabetes em Foz do Iguaçu e nas Três Fronteiras”, informou. “A partir de então, com esse diagnóstico, mobilizar a sociedade civil e o poder público”, frisou Dr. Valter.
Presidente do Codefoz, Fernando Castro Alves defendeu o esforço conjunto. “O evento reuniu atores de diversas áreas, o que nos dá a oportunidade de trabalharmos essa doença silenciosa e que impacta a vida de muita gente”, declarou.
A médica endocrinologista Dra. Francieli Bordin chamou atenção para problemas na base do atendimento ao público, com carência de especialistas e fila de espera de até três mil pessoas para algumas especialidades. “É preciso capacitar urgentemente o médico da comunidade”, sugeriu.
Falta de planejamento
O promotor Luis Marcelo Mafra cobrou planejamento do poder público. “Venho dizendo que a saúde em Foz do Iguaçu está deformada por uma única razão: falta de planejamento claro e exequível para o atendimento às demandas”, enfatizou.
Trabalho voluntário
Presidente do Instituto dos Diabéticos de Foz do Iguaçu (Adifi), Terezinha Pinezi parabenizou o Codefoz pela iniciativa e explanou sobre o trabalho da organização. “Somos um braço das unidades básicas de saúde, que nos encaminham os pacientes dessa doença, que não tem cura, mas tem controle”, expôs.
Fronteiriços
Coordenadora da Câmara Técnica de Saúde do Codeleste (Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental de Ciudad del Este), Sandra Dancona enfatizou prevenção e saúde. “O atendimento tem que reunir, de forma multidisciplinar, educação, atividade física e medicamento”, apontou.
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