Capacidade de atendimento pelo Sistema Único de Saúde e cobertura vacinal permitiram a decisão, segundo ministro; mas pandemia não acabou, adverte.
Em pronunciamento oficial pela imprensa nesse domingo, 17, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou o fim da emergência de saúde pública pela covid-19. Ele atribuiu a decisão à situação epidemiológica, que no momento apresenta dados favoráveis.
Foi possível chegar a esse cenário, segundo o ministro, por conta da capacidade de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e da cobertura vacinal. De acordo com Marcelo Queiroga, o detalhamento da medida constará de normativa a ser editada nos próximos dias.
Em sua comunicação pública, o ministro da Saúde enfatizou que a decisão não representa que terminou a pandemia de covid-19.
Continuaremos convivendo com o vírus”, frisou. Ele também disse que o país realizou a “maior campanha de vacinação da sua história”.
A medida do Ministério da Saúde foi motivo de crítica de alguns gestores e pesquisadores que atuam no combate à pandemia no Brasil, que alegam ser cedo para tal decisão, principalmente observando-se o comportamento da doença em outros países. O fim da pandemia, lembra-se, só é decretado pela Organização Mundial da Saúde.
Há dois anos
A declaração de emergência em saúde pública de importância nacional se deu no dia 3 de fevereiro de 2020, o que permitiu uma série de ações em nível nacional, estadual e municipal. O primeiro caso de covid-19 foi confirmado no Brasil no final daquele mês e, em março, reconheceu-se a transmissão comunitária da infecção pelo coronavírus no Brasil.
Até o momento, desde o início da pandemia, são 5,3 milhões de casos de covid-19 e 661 mil mortes atribuídas à doença no país. Cerca 73% dos brasileiros completaram o esquema vacinal contra a covid-19 e 71 milhões receberam a dose de reforço. A vacina contra a covid-19 foi adquirida pelo Ministério da Saúde e entregue para estados e municípios aplicarem.
Há 29.227.051 pessoas que se recuperaram da doença, o que representa 96,6% dos infectados. Há ainda 363.607 casos em acompanhamento.
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