Em praticamente todos os países do mundo, com raras exceções, são registrados aumentos de casos e mortes.
Os dados coletados mundo afora comprovam que a variante ômicron é menos agressiva. Provoca menos internamentos por casos graves que a variante delta e também menos mortes.
Mas, independentemente desses fatores menos negativos, digamos, a covid-19 tem matado mais, mundo afora.
E o Brasil, o Paraguai e a Argentina não são exceção. Há um aumento progressivo de casos e de mortes, em números absolutos e proporcionais.
Em uma semana, o aumento exponencial de casos nos três países levou a uma alteração das posições no ranking mundial.
O Brasil, por exemplo, com os números da semana passada, estava em 13º em casos; na semana até sexta-feira, 14, passou à 10ª posição.
A Argentina melhorou um pouco: desceu do 6º lugar para o 7º, nesta última semana.
Mas o Paraguai piorou relativamente mais do que o Brasil: do 80º lugar na semana anterior passou para o 62º.
Já em relação à mortalidade, o Brasil se manteve no 13º lugar, a Argentina subiu do 44º para o 21º posto e o Paraguai subiu do 76º para o 64º lugar.
O ranking é elaborado pelo site Worldometers, com os números apresentados a cada semana por 212 países e territórios.
CASOS E MORTES
Sempre em números absolutos, a Argentina lidera em casos, enquanto o Brasil está na frente em mortes.
A Argentina teve 797.136 casos na semana até sexta-feira, 14, 66% a mais que na semana anterior. Houve também 473 mortes no período, 83% a mais que nos sete dias anteriores.
No Brasil, os 476.981 casos registrados na semana são 193% superiores aos da semana anterior. Já as 969 mortes representam um aumento de 26%.
No Paraguai, foram 19.697 casos, 212% a mais do que na semana anterior, e 58 mortes na semana, 76% a mais que na semana precedente.
POR MILHÃO DE HABITANTES
Agora, a situação dos três países em números proporcionais, onde também houve mudanças na última semana.
O Brasil continua em melhor situação que os dois vizinhos, embora com aumento de casos e óbitos. Na semana, foram 2.220 casos e 5 mortes por milhão de habitantes (na semana anterior, eram 3 por milhão)
No Paraguai, são 2.710 casos e 8 mortes por milhão de habitantes; e na Argentina, 17.392 casos e 10 mortes a cada 1 milhão de habitantes.
Os índices proporcionais permitem avaliar a situação da pandemia país a país, já que a diferença populacional impediria ter noção do que representa o total de casos e mortes por país sem ter uma comparação com outros.
MELHORES E PIORES
A avaliação de casos de covid-19 por milhão de habitantes coloca a Argentina, por exemplo, em 39º lugar, atrás de países como França, Austrália, Israel, Portugal e Itália, entre outros.
O Brasil está em 102º lugar, uma posição excelente diante do contexto atual. E o Paraguai em 99º lugar.
Já em óbitos por milhão de habitantes, a Argentina também está na frente dos dois vizinhos, em 76º lugar. O Paraguai aparece em 88º lugar e o Brasil em 104º.
VACINAÇÃO
Quanto à imunização de suas populações, a situação se alterou muito pouco, de uma semana para a outra.
A Argentina mantém os índices de 85% da população vacinada com uma dose e 73% com duas, entre os melhores do mundo.
O Brasil tem 78% dos habitantes imunizados com uma dose e 68% com duas. A mudança foi decimal, nos dois casos.
E o Paraguai se mantém com quase 49% da população vacinada com uma dose e pouco mais de 42% com duas.
De uma coisa as autoridades de saúde mundo afora têm certeza: sem a vacina, internamentos e mortes seriam como no auge da pandemia, com UTIs lotadas e carros de funerárias fazendo fila na porta de hospitais, como se viu até em Foz do Iguaçu.,
O QUE FAZER?
É claro que a nova onda da pandemia, com a variante ômicron, deixou perplexas e atordoadas as autoridades de saúde, seja em Foz, no Paraná, no Brasil e mundo afora.
Quando tudo começava a ser liberado – e já se pensava em eliminar o uso de máscaras, por exemplo -, tem que voltar à estaca zero.
Não pra impor mais proibições e lockdowns, mas pra fazer cumprir as medidas sanitárias, como sempre se apregoou.
Vale dizer: as máscaras continuam fundamentais, bem como a lavagem de mãos e o uso de álcool em gel. E também o distanciamento social.
Nos últimos tempos, viu-se que a maioria das pessoas voltou a se cumprimentar com aperto de mãos e beijinhos, como era nos tempos pré-pandemia.
É preciso recuar. E esperar mais para que beijinhos, abraços e apertos de mãos deixem de ser atos perigosos à nossa e à saúde dos que amamos.
Por sinal, não é por maldade que a Saúde de Foz do Iguaçu passou a exigir teste de covid-negativo pra quem for a show com mais de 500 pessoas, como será o de Gusttavo Lima, no domingo (16).
Muita gente que se “liberou” nas praias, participando de festas e também de shows, voltou a Foz com o vírus. Cuidar-se é preciso.
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