Solicitação é para a aplicação de 2 milhões de doses que serão importadas; tempo de análise é estimado em 10 dias.
Com uma dose, o imunizante alcança 73% de eficácia, protege contra sintomas graves e evita, em 100%, casos de hospitalização, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Essa é a vacina para a qual a instituição requereu autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para uso emergencial, nessa sexta-feira, 8.
É o segundo imunizante em análise na Anvisa para uso no Brasil – o primeiro pedido foi apresentado nesta semana pelo Instituto Butantan, de São Paulo, para a aplicação da Sinovac. O prazo de avaliação pelos técnicos da agência é de dez dias, se não for necessária a apresentação de informações adicionais pelo fabricante.
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O pedido de autorização temporária de uso emergencial formulado pela Fiocruz é para a vacina de Oxford, desenvolvida em conjunto com a empresa AstraZeneca. Refere-se a dois milhões de doses a serem importadas do laboratório Serum, na Índia, um dos fabricantes do medicamento.
Segundo reportou a Anvisa, a agência já iniciou a triagem dos documentos. “Se houver informação importante faltando, a Anvisa pode solicitar as informações adicionais ao laboratório. O prazo de 10 dias não considera o tempo do processo em status de exigência técnica.” A análise inclui as informações e os dados que acompanham o pedido, e já analisados pela agência sanitária por meio de submissão contínua.
Segundo a Fiocruz, o pedido para as doses da vacina de Oxford importadas da Índia integra uma “estratégia adicional” da fundação. Essa medida é uma “tentativa de antecipação do início da vacinação pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19” no país, ressalta.
Vacina para o SUS
A Fiocruz defende que, com apenas uma dose, a vacina de Oxford alcança 73% de eficácia, além de proteger contra o surgimento de sintomas graves e evitar, em 100%, os casos de hospitalização. O imunizante também consegue induzir a produção de anticorpos em 98% das pessoas após a primeira dose e em 99% delas após a segunda dose.
“Segundo evidências apontadas pelos estudos, quando aplicada uma segunda dose com intervalo de três meses, a produção de anticorpos e da resposta imunológica aumentaria cerca de oito vezes”, aponta a fundação.
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