A Prefeitura de Foz do Iguaçu começa neste domingo (14) uma campanha de conscientização da população em relação a esse momento tão crítico da Covid-19. Os vídeos reúnem depoimentos de profissionais de saúde que estão na linha de frente no enfrentamento à doença há um ano, pessoas que perderam seus familiares, líderes religiosos e educadores com um só pedido: que as pessoas mantenham os cuidados para evitar a disseminação do coronavírus e que, se possível, fiquem em casa.
A medida não é uma punição, é um pedido de conscientização de todos para que possamos sair de forma mais rápida do atual cenário, onde as UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) da cidade estão com 100% de ocupação, utilizando recursos extras para o atendimento a pacientes graves, e as unidades hospitalares têm recebido pacientes cada vez mais jovens e em estado agravado da doença.
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“No início tínhamos 17 leitos de UTI Covid, hoje estamos com aproximadamente 70 leitos, todos ocupados. Com pacientes jovens, cada vez mais jovens e chegando mais graves”, conta a enfermeira Claudia Zanolla, que atua na UTI Covid do Hospital Municipal Padre Germano Lauck.
O médico Kézio Medeiros Lacerda, que atua na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Morumbi, que desde fevereiro faz o atendimento aos casos de Covid-19, fez o pedido para que churrascos e aglomerações sejam evitados. “Temos visto casos graves aumentarem e o sofrimento das famílias que perdem entes queridos”.
O coordenador da UTI do Hospital Municipal, Roberto Almeida, comentou que, neste momento em que as UTIs estão no limite, é preciso redobrar a atenção e os cuidados como distanciamento social, uso de máscara e álcool em gel. “Contamos com a colaboração de todos, porque o desafio é muito grande, mas nós vamos superar”.
“Não é momento de se reunir com o mundo e sim olhar para dentro e ver o que é importante para cada um de nós, que são os nossos entes”, afirmou a enfermeira da UTI Covid do Hospital Municipal, Tamires Nunes Fonseca.
O coordenador do Programa de Atendimento Domiciliar Covid-19, Ulisses Figueiredo, fez o apelo para que as pessoas saiam somente se necessário. “Tenho visto a dor das famílias por suas perdas e nós não queremos isso. Tudo isso passará, mas precisamos deste apoio”.
“Toda a minha família foi contaminada com coronavírus. Eu fui a primeira, tive assintomática”, disse Arlete Mass. O esposo dela, Joacir, teve falta de ar e foi levado à UPA e transferido ao Hospital Municipal, onde foi intubado, mas não resistiu e morreu. “Minha dor está muito grande. Peço pelo amor de Deus, que se cuidem, parem com festas, o momento é de ficar em casa, sem aglomeração”.
A diretora de residência médica, Amanda Bordes, reforçou a orientação pelo uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social. O pastor Adão Alves da Luz, faz constantes orações pelos pacientes internados, reiterou a solicitação por esses cuidados. “Juntos vamos vencer”.
“Precisamos, neste momento, seguir os protocolos de segurança. Assumir a responsabilidade não só da nossa vida, mas de todos aqueles que amamos. O momento é de consciência coletiva e de exercer a empatia”, afirmou Henrique Pedroti, profissional da área de educação.
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