Na lista dos 10 países com maior número de mortes, o Brasil aparece em 2º lugar, atrás dos Estados Unidos. Mas, se a relação for feita proporcionalmente ao número de habitantes, a situação do nosso país fica um pouco melhor: 7º lugar.
Os 254.942 óbitos registrados no Brasil correspondem a 1.202 mortes a cada grupo de 1 milhão de habitantes. Embora alto, é inferior, pela ordem, aos números do Reino Unido (1.628,6 mortes por milhão), Itália (1.628,6), Estados Unidos (1.564,2), Espanha (1.473), México (1.471,5) e França (1.292,4 mortes a cada 1 milhão de habitantes).
Na lista dos 10 mais em números absolutos, há menos óbitos que no Brasil, proporcionalmente, na Alemanha (845), na Rússia (588,4) e na Índia (116,1 a cada grupo de 1 milhão de habitantes). Embora esteja em 4º em mortes (157.157), a Índia tem uma população de nada menos que 1.353.000.000 de habitantes, o que faz a proporcionalidade despencar.
A título de curiosidade, a situação da Argentina é ligeiramente melhor que a do Brasil: são 1.201 óbitos a cada 1 milhão de argentinos. O país está em 13º lugar no ranking mundial.
Já o Paraguai tem apenas 435,7 mortes a cada 1 milhão. No ranking, aparece em 63º lugar. Mesmo assim, registra mais óbitos que países com populações maiores, como a Venezuela (1.344 mortes, 28,8 milhões de habitantes) e Cuba (322 mortes, 11,3 milhões de habitantes).
RANKING DA VACINAÇÃO
Se a mesma lista dos 10 mais no ranking de mortes por covid-19 for aplicada num outro ranking, dos que mais vacinam, a situação também fica diferente.
O Reino Unido fica em 1º, com 30,77% de sua população já imunizada; em 2º, Estados Unidos, com 22,5% de vacinados.
Aí vem a relação de europeus, com índices próximos uns dos outros: Espanha (7,71%), Alemanha (7,37%), Itália (7,12%) e França (6,71%).
Depois desses países, portanto em 7º lugar em percentual de vacinados, aparece o Brasil (3,97%). A seguir, a Rússia (2,67%), o México (1,9%) e a Índia (1,04%).
Observe-se que tanto a Rússia quanto a Índia produzem não apenas vacinas, como os insumos para a fabricação delas.
No mundo, apenas Israel vacinou quase toda a população (93,5%). Depois, vêm os Emirados Árabes Unidos (60,87%) e a seguir o Reino Unido, os Estados Unidos, a Sérvia (21,11%), o Chile (17,58%), Bahrein (17,52\%) e a Dinamarca (10,39%) e a Turquia (10,14%).
O Chile está numa posição honrosa no ranking mundial, em 7º lugar. E, claro, está em 1º na América Latina. No mundo, o Brasil aparece em 17º lugar.
DIFICULDADES DE ACESSO
Todos os demais países estão com índices de vacinação inferiores a 10%. E ainda há muitos que não iniciaram a vacinação, como quase todos os países africanos, alguns latino-americanos (como Cuba, Haiti, Porto Rico e Venezuela) e do Oriente (Filipinas, Vietnã, Malásia, Tailândia e outros).
Há mais procura por vacinas, no mundo, do que a capacidade de produção, atualmente. E quem sofre mais são os países pobres, já que até agora o mecanismo Covax de distribuição de vacinas, criado pela Organização Mundial de Saúde, não entregou doses para nenhum deles.
VIZINHOS
Na América Latina, depois do Chile, em número de vacinados, aparecem o Brasil e a Argentina (2,27%). No vizinho Paraguai, o número é irrisório: apenas 0,01%. O país recebeu 4 mil doses da vacina russa Sputnik V, para aplicar em 2 mil profissionais (duas doses por pessoa) que atuam nas UTIs, mas nem todos já foram imunizados.
Fontes: As informações sobre o ranking dos países foram baseadas nas estatísticas da universidade americana Johns Hopkins (coronavírus) ; já a relação dos países que mais vacinam teve como fonte o site Our World in Data (vacinas).
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