O Ministério de Saúde do Paraguai informou que, no sábado, mais 1.523 paraguaios confirmaram positivo para covid-19. O total, desde o início da pandemia, é de 416.843.
A média de mortes vinha se mantendo acima de 100 por dia, na última semana, mas no sábado deu um pico para 150. O total subiu para 12.365 óbitos.
CASOS NA SEMANA
O Paraguai totalizou 11.768 casos nos últimos sete dias, mais do que países como Portugal, Itália e Alemanha, onde a vacinação está avançada, conforme o site Our World in Datas.
Proporcionalmente à população, o Paraguai tem 117 casos por 1 milhão de habitantes, na última semana. Está em 20º no ranking mundial.
Sempre proporcionalmente, está atrás de Uruguai (6º), Argentina (7º) e Brasil (11º).
MORTES NA SEMANA
Em número absoluto de mortes (844), a posição paraguaia é o 12º lugar, atrás de Brasil (1º, com 11.951 óbitos) e Argentina (5º, com 3.772).
Um problema sério é que, desta última semana para a anterior, morreram 3% mais paraguaios, enquanto no Brasil houve queda de 18% nas mortes e na Argentina de 3%.
Mas o grave, mesmo, é a posição do Paraguai em números proporcionais de mortes.
Já faz algumas semanas que o país vizinho está em 1º lugar, e fechou a semana com 117 mortes a cada 1 milhão de habitantes.
A Argentina estava em 4º lugar, na semana passada, mas nesta caiu para o 5º, com a média de 78 mortes por milhão de habitantes.
Já o Brasil está um pouco melhor, ainda assim entre os 10 com mais mortes proporcionais. Está em 8º, com 56 mortes por milhão de habitantes.
Ou seja, o índice paraguaio é mais do que o dobro do registrado no Brasil.
TOTAL NO MUNDO
Pelo tamanho da população, a posição do Paraguai é alta, em número de casos. Entre 222 países, está em 50º lugar.
Mas, proporcionalmente, está melhor: em 66º lugar.
O Brasil, que está em 3º no acumulado, cai para 27º considerando a proporcionalidade.
Situação parecida com a da Argentina: em 8º lugar, no total de casos, e em 19º em relação ao tamanho da população.
Em total de mortes por covid-19, o Paraguai está em 41º lugar. Proporcionalmente aos habitantes, fica em 24º.
Já o Brasil está no 3º lugar (512.819 óbitos) no total e em 10º proporcionalmente.
Enquanto a Argentina foi para o 8º lugar no total e para o 15º em mortes por milhão de habitantes.
A Argentina também vive uma situação crítica. Com 4.393.142 óbitos, ultrapassou, nas últimas semanas, a Colômbia, a Itália e a Espanha. E está cada vez mais perto do Reino Unido (4.717.811).
VACINAÇÃO
Nos três vizinhos, casos e óbitos aumentam enquanto não chegam vacinas suficientes para imunizar suas populações.
Se dominam colocações altas nos índices negativos, em vacinação ocupam os postos mais baixos.
Especialmente o Paraguai, conforme o Our World in Datas: o país administrou até agora 8,63 doses de vacinas para cada 100 habitantes.
Brasil e Argentina estão tecnicamente empatados: 43,71 doses a cada 100 brasileiros e 43,14 doses a cada 100 argentinos.
DUAS DOSES
Quanto à imunização total, com as duas doses, fica assim: no Brasil, 11,6% estão vacinados; na Argentina, 8,6%.
No Paraguai, apenas 1,8%, a pior posição na América do Sul, depois da Venezuela (0,8%).
Pelo que se observa nos países onde o número vacinados com duas doses passa de pelo menos 30%, a queda de casos e mortes é sensível.
Nesses países, como o Reino Unido, a Itália e a Espanha, há preocupação com a nova variante Delta. Ainda não se sabe se as vacinas existentes são eficazes.
Obviamente, é também uma preocupação das autoridades de saúde do Brasil, da Argentina e do Paraguai.
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