O Ministério de Saúde Pública do Paraguai, em seu informe diário, registrou a morte de 91 paraguaios por covid-19, nas 24 horas até quarta-feira, 21, maior número de óbitos desde o início da pandemia. Com isso, o total atingiu 5.561 mortes pela doença.
Houve ainda 2.660 novos contágios, elevando o acumulado para 257.706, dos quais 211.739 se recuperaram.
O país também está com 2.938 pacientes internados, dos quais 508 em terapia intensiva, o que já colapsou o sistema de saúde pública.
LEI PARA MULTAS
A preocupação com a pandemia aumenta no governo. O ministro do Interior, Arnaldo Giuzzio, disse que está sendo elaborado um projeto de lei que dará mais força à Polícia Nacional e aos promotores ara intervir em casos de descumprimento das medidas sanitárias, noticia o jornal Última Hora.
Segundo o ministro, o projeto preverá multas de acordo com o caso e com a condição econômica do infrator. A proposta será levada ao Congresso na semana que vem.
Um dos maiores problemas são as festas e encontros esportivos clandestinos, principalmente nos finais de semana. Para o ministro, a única maneira de conseguir um impacto e frear esse descontrole é “golpeando o bolso” das pessoas.
A ministra da Justiça, Cecilia Pérez, também falou sobre o projeto de lei. Segundo o jornal La Nación, a ministra disse que o governo vai se basear, inicialmente, num projeto apresentado e depois retirado pelo senador Pedro Santa Cruz, que criava sanções aos delitos contra a saúde.
“Hoje a situação já não é igual à do ano passado, quando começou a pandemia de covid-19”, disse a ministra.
O jornal lembra que “a situação epidemiológica do Paraguai está em seu pior momento, com a explosão de casos positivos, de internamentos e de ocupações de leitos de teraia intensiva. E todo este cenário se agrava ainda mais devido à lentidão na vacinação contra a covid-19”.
Até agora, só foram aplicadas 93.111 doses de vacinas no Paraguai. Apenas 0,2% da população foi imunizada com as duas doses necessárias. Os vizinhos Brasil e Argentina também vão devagar com a vacina, mas ainda assim há 4,3% de brasileiros totalmente imunizados e 1,8% de argentinos, segundo a organização Our World in Data.
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