Para chegar a 80% da população imunizada, o Paraguai precisa que 1,3 milhão de pessoas procurem os postos.
Desde o início da chegada de vacinas contra a covid-19, o Paraguai enfrentou problemas. Deixou de comprar na hora certa, comprou e não levou e, graças apenas à ajuda de países amigos, conseguiu doses suficientes para imunizar, até agora, 36% da população (com uma ou duas doses).
O país tem no momento um estoque de 700 mil doses, de acordo com o jornal Última Hora, mas estão registrados na plataforma “Vacunate”, à espera de se vacinar, apenas 222 mil paraguaios.
Esta semana, a expectativa é de zerar o estoque, com a liberação das vacinas para pessoas com 20 anos ou mais. Depois disso, a estratégia da Saúde Pública do Paraguai será a de ir de casa em casa, sistema que já é adotado em algumas regiões do país.
MAIS DOSES
Sem contar o estoque, o Paraguai receberá em outubro 450 mil doses de vacinas da Pfizer e Sinopharm. E, em novembro, quase 3 milhões de doses, conforma a promessa renovada do mecanismo Covax, da Organização Mundial da Saúde.
Também está pendente uma compra de 1,5 milhão de doses de vacinas da Pfizer e a AstraZeneca ficou de confirmar a quantidade que porá à disposição do país.
A intenção é fechar o ano com 5,6 milhões dos 7,2 milhões de paraguaios imunizados, conforme o Ministério de Saúde Pública.
Mas, para isto, será preciso aumentar a força-tarefa para levar as vacinas de casa em casa, um trabalho paralelo ao dos postos de vacinação existentes.
“O paraguaio está muito acostumado a se vacinar em casa. Depois que a gente explica e mostra os benefícios, muitos finalmente decidem vacinar-se”, disse o diretor do Programa Ampliado de Imunizações, Héctor Castro.
IMUNIZAÇÃO BAIXA
Com o total de 36,3% de sua população imunizada com uma ou duas doses (os totalmente imunizados representam 25,9%), o Paraguai só está um pouco à frente da Bolívia e da Venezuela, na América do Sul, conforme os números do site Our World in Data.
Os países que mais vacinaram são o Chile e o Uruguai (em ambos, imunização atingiu 78,4% da população). A seguir, vem o Brasil, com 70,2%, e a Argentina, com 64,8%.
Com duas doses ou dose única, estão totalmente imunizados 73,7% dos uruguaios, 73,4% dos chilenos, 47,4% dos argentinos e 41,6% dos brasileiros.
Em nenhum desses países houve uma resistência maior quanto a receber doses da vacina anti-covid.
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