O ministro de Saúde Pública do Paraguai, Julio Mazzoleni, disse que na semana que vem a Organização Mundial da Saúde vai informar sobre o envio de vacinas adquiridas pelo Mecanismo Covax.
Há ainda o possível anúncio do cronograma de envio de vacinas Sputnik V, depois do diálogo entre o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, e o da Rússia, Vladimir Putin, informa a agência de notícias paraguaia IP.
O ministro participou do primeiro lote de duas mil vacinas Sputnik V, que chegaram na quinta-feira à noite a Assunção. O número é tão baixo que provocou muitas piadinhas na Internet, segundo o jornal ABC Color.
O jornal estranha que o Paraguai já tenha pago US$ 6,8 milhões, há quatro meses, para adquirir 4,3 milhões de de doses do mecanismo Covax, da Organização Mundial da Saúde, e também tenha quitado metade da compra de 1 milhão de doses da Sputnik V, com o Fundo Russo de Investimentos.
“No entanto, não há datas concretas que indiquem quando se continuará com a vacinação”, critica o jornal.
As vacinas que chegaram ontem de Moscou (depois de escala nos Estados Unidos e na Colômbia) foram levadas, em caminhão refrigerado, para a sede do Programa Ampliado de Imunizações, de onde serão distribuídas para os locais de vacinação, que começa na segunda-feira, 22.
Como a Sputnik V exige a aplicação de duas doses, apenas os 2 mil profissionais de saúde que atuam diretamente nas UTIs serão imunizados.
A plataforma criada pelo Ministério da Saúde para que os profissionais do setor se credenciassem a receber vacinas tem mais de 33 mil nomes, segundo a diretora de Coordenação de Regiões Sanitárias do Ministério da Saúde.
Isso gerou uma crítica do infectólogo e ex-ministro de Saúde Antonio Arbo. “O coronavírus tem sido uma tragédia e vai continuar sendo uma tragédia para o país até o momento em que não haja uma vacina. É totalmente injusto que se façam listas de pessoas e somente se tenha umas 4 mil doses”, lamentou.
Nesta quinta-feira, 18, o Paraguai passou a casa de 3 mil mortes. Até agora, são exatamente 3.008 óbitos, enquanto os casos positivos subiram para 148.622.
Estão hospitalizadas 858 pessoas, das quais 240 estão em unidades de terapia intensiva. O país já se ressente da falta de leitos de UTI.
As maiores preocupações são com o aumento de casos em Alto Paraná, onde há uma segunda onda da pandemia já confirmada; um surto importante no departamento de Caazaá; e no departamento de Itapúa, os números mais altos nestas três semanas para esta parte do país.
Foi confirmado também o primeiro caso de reinfecção
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