Paraguai iniciou nesta terça-feira, 13, a vacinação de idosos com mais de 85 anos

Mesmo com poucas vacinas, o início da imunização representa “uma luz de esperança” na luta contra o coronavírus, diz o diretor da XI Região Sanitária Central, Roque Silva.

Um dos países que estão enfrentando a maior dificuldade para a compra de vacinas é o vizinho Paraguai. O governo pagou por 4,3 milhões de doses ao sistema Covax, da Organização Mundial da Saúde, mas só recebeu até agora 36 mil.

Conseguiu alguns milhares de doses a vacina russa Sputnik 5 e doações do Chile da Oxford/Astra Xeneca, entre outras, que não são suficientes para atender o grupo prioritário.

O diretor do Programa Ampliado de Imunização do Paraguai, Héctor Castro, reconheceu que será impossível atender os idosos acima de 85 anos, que começaram a ser imunizados, porque as vacinas também estão sendo aplicadas no pessoal da saúde, conforme informou ao ABCV Color.

Mas, para ele, o início da vacinação dos mais velhos é uma “luz de esperança” na luta contra a covid-19.

O Última Hora noticia que o senador Antonio Barrios, que participou de reunião com representantes da Organização Panamericana de Saúde e da Organização Mundial da Saúde, na manhã desta terça, confirmou que, durante o encontro, foi anunciado o envio de 134,4 mil vacinas ainda este mês.

Mesmo assim, enquanto não receber a totalidade acertada com o mecanismo Covax e as vacinas já contratadas com o laboratório russo que produz a Sputnik V, o Paraguai ficará muito atrás nessa corrida pela vacina.

VIZINHOS

Em números absolutos, o Brasil está em quinto lugar, entre os que mais aplicaram doses.

 

Em números proporcionais, a situação muda. Com exceção dos Estados Unidos, os demais países à frente são menos populosos. Com menos vacinas, garantem imunização de grande parte dos habitantes.

O Paraguai já está bem atrás, inclusive, dos vizinhos Brasil e Argentina, que também não estão conseguindo manter um ritmo veloz para a vacinação.

O Brasil já aplicou até agora 31,2 milhões de doses. Os 23,8 milhões de pessoas que receberam ao menos uma dose dessas vacinas representam 9,9% da população. Com duas doses, e que estão portanto imunizados, são 7,3 milhões, ou 3% de toda a população.

A Argentina vacinou 4,66 milhões de pessoas com pelo menos uma dose, o que representa um percentual maior que no Brasil, de 10,3%. Com duas doses, o percentual ainda é inferior ao brasileiro, de 1,6%.

Já o Paraguai tem número extremamente baixo, que quase não aparece. Apenas 46 mil pessoas foram vacinadas até agora, o que corresponde a menos de 0,1% da população.

Os dados são do site Our World in Data, que faz o levantamento diário de como está a vacinação no mundo.

NO PARANÁ

No Estado do Paraná, foram vacinadas 1.305.039 pessoas, que correspondem a 11,33% da população.

O total de 338.326 vacinados que receberam as duas doses da vacina representa 2,94% da população.

FOZ DO IGUAÇU

A Secretaria de Saúde de Foz, no Painel sobre Vacinação contra Covid-19, informou na segunda-feira que, do total de 40.986 doses recebidas, 36.303 foram aplicadas.

Entre os grupos prioritários, já foram imunizados com uma dose os 8.699 trabalhadores da saúde. Desse total, 4.337 receberam também a segunda dose.

Veja no gráfico como está a evolução da aplicação da vacina em todos os grupos prioritários:

 

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