Um dos motivos é a variante Delta do vírus, que só na sexta-feira, 1, provocou sete mortes no Paraná.
Em situação cada vez mais controlada de casos e mortes por covid-19, a preocupação da Saúde do Paraguai se volta agora para o Brasil.
No Paraná, só a variante Delta teve mais 17 casos e matou seis pessoas, inclusive em Foz do Iguaçu, nas 24 horas até sexta-feira, 1.
No total, o Paraná já acumula 179 casos e 44 óbitos pela variante.
SITUAÇÃO ESTÁVEL
O Paraguai está hoje entre os países com menor número de casos e mortes por covid-19. Na semana até sexta-feira, de acordo com o site Worldometer, o país registrou apenas 30 casos de contaminação por milhão de habitantes, o que o deixou em 171º lugar no ranking de 206 países.
Em mortes, a posição paraguaia desceu para o 131º lugar, com dois óbitos por milhão de habitantes na última semana, mas com número menor que na semana anterior (4 por milhão).
BRASIL
A situação do Brasil piorou um pouco no ranking mundial, o que exige mais atenção das autoridades de saúde.
Na semana até 29 de setembro, o Brasil estava em 59º lugar em mortes por milhão de habitantes (19), enquanto a Argentina aparecia em 46º (21 óbitos por milhão) e o Paraguai em 163º (4 óbitos a cada milhão de paraguaios).
Na semana até quinta-feira, o Worldometer mostra que o Brasil subiu para o 56º lugar, embora com menor número de mortes por milhão (17, ante 19 na semana anterior). Outros países, portanto, melhoraram seus índices.
Entre eles, a Argentina, que desceu do 46º para o 80º lugar, com 9 mortes por milhão de habitantes.
Já o Paraguai ficou no 121º lugar na semana, com 2 mortes por milhão, embora tenha subido no ranking, porque outros países melhoraram seus índices ainda mais.
CASOS
Nesta mesma semana até quinta-feira, o Brasil ficou em 94º lugar, a Argentina em 121º e o Paraguai em 164º.
Embora o Brasil apareça em situação pior que a dos vizinhos, está melhor em mortes por milhão que a Rússia, Estados Unidos e Israel.
Em casos, aparece mais bem situado que Reino Unido, Israel, Estados Unidos, Irlanda, Bélgica, Suíça , Canadá, Alemanha e Holanda, para citar os mais ricos e vacinados.
NO PARANÁ
No Brasil, o Paraná permanece em 3º lugar no ranking, em casos, e em 4º lugar, em mortes.
No topo do ranking de mortes, aparecem, pela ordem, São Paulo (149.953), Rio de Janeiro (65.261), Minas Gerais (54.613), Paraná (39.109) e Rio Grande do Sul (34.881).
“EL VECINO”
O jornal Última Hora, sem citar números do Brasil, diz que o país é o “vizinho que preocupa”.
“As autoridades de Saúde levantam os olhos para o que ocorre no Brasil”, diz o jornal. “Pela ampla fronteira que (o Paraguai) tem com o país vizinho, que gera uma grande mobilidade de pessoas, o que ocorre em dito país tem repercussão em nosso território um tempo depois”.
“O que representa uma preocupação é um aumento na incidência no Brasil, tanto em casos como em mortes. Uma das coisas que sempre estamos olhando, pelo significado que tem a fronteira com este país”, disse a responsável interina da Direção Geral de Vigilância da Saúde.
Ela destacou a atenção que a Saúde está dando ao departamento de Canindeyú, em especial às cidades de Salto duairá (fronteira com o Brasil) e Katueté. Mas em Alto Paraná, onde fica Ciudad del Este, os casos e mortes continuam em queda.
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