Ômicron coloca Brasil e Argentina entre 10 primeiros no ranking da covid

Tem mais gente morrendo do que há poucas semanas, inclusive no Paraguai. Haja vacina! Mas, proporcionalmente aos casos, há menos óbitos.

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Tem mais gente morrendo do que há poucas semanas, inclusive no Paraguai. Haja vacina! Mas, proporcionalmente aos casos, há menos óbitos.

A gangorra no ranking da covid-19, no mundo, se alterou com a variante ômicron, que atingiu fortemente a Europa, no início, e depois se espalhou pelo mundo.

No ranking preparado pelo site Worldometers, que analisa os dados da pandemia em 213 países e territórios, semanalmente, só não muda a posição dos Estados Unidos, sempre em primeiro lugar tanto em casos como em óbitos.

Os outros países alternam posições. Embora entre os 10 primeiros ainda haja cinco países europeus, em casos, voltam ao topo Brasil, em 6, e Argentina, em 7.

Infelizmente, em óbitos, o Brasil volta a aparecer entre os 10 mais do ranking, na semana que terminou na sexta-feira, 21.

Semana até 22 de dezembro

Argentina – 21º em casos e 44º em mortes

Brasil – 31º em casos e 12º em mortes

Paraguai – 115º em casos e 56º em óbitos

Vale comparar dois períodos distintos, pra ver como a gangorra se alterna:

Semana atual, até 22 de janeiro

Argentina – 7º em casos e 14º em mortes

Brasil – 6º em casos e 6º em mortes

Paraguai 61º e 39º em mortes

Mesmo em números absolutos, o Paraguai também aparece com mais força no ranking. E acaba também com mais mortes, proporcionalmente ao tamanho da população.

O Brasil já esteve, há duas semanas, com 3 mortes por milhão de habitantes, índice que Argentina e Paraguai também já vivenciaram. Mudou, mas ainda mais nos dois vizinhos.

PROPORCIONAL

Mortes proporcionais ao número de habitantes:

Argentina – 23 mortes por milhão

Brasil – 8 mortes por milhão

Paraguai – 19 mortes por milhão

VACINAÇÃO RESOLVE?

A pergunta do entretítulo acima é só retórica. Vacina resolve, sim. Muitas mortes foram evitadas com ela. Foto José Fernando Ogura/AEN

Ainda existem, mundo afora, os negacionistas, que não acreditam no poder da vacina contra o vírus. Não por acaso, eles são em maior número justamente no país que lidera o ranking de casos e mortes – os Estados Unidos.

Mas uma matéria da Agência Estadual de Notícias (AEN), divulgada na sexta-feira (21), avalia o que a vacinação representa mesmo neste momento em que explodem os casos de covid-19 no Paraná, puxados pela variante ômicron.

Um bom número, pra começar: 298 cidades do Estado (74,6% do total de municípios) não registram mortes por covid-19 há dois meses (entre 20 de novembro e 20 de janeiro).

É como se três em cada quatro municípios paranaenses estivessem sem óbitos neste período, destaca a AEN, com base em dados da Secretaria de estado da Saúde.

O motivo da queda nas mortes? A vacinação em massa. O Paraná, segundo a Saúde, tem mais de 70% da população completamente imunizada com segunda dose e dose única.

O impacto disso no número de mortes pode ser exemplificado em um comparativo dos períodos. Entre novembro de 2020 e janeiro de 2021, o número de mortes registradas foi de 5.211. Já entre novembro de 2021 e janeiro de 2022, foram 566.

Nos primeiros 20 dias de janeiro, 71 paranaenses morreram, o menor resultado desde abril de 2020.

“Sem a vacina, teríamos perdido a vida de ainda mais paranaenses. Com o avanço da campanha de imunização, conseguimos frear a evolução da doença no Paraná. A queda na mortalidade sem dúvida, é reflexo da efetividade e segurança das vacinas”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Até o momento, foram 19.202.935 vacinas aplicadas na população em geral, das quais 9.106.027 foram destinadas à primeira dose e 8.434.414 à segunda dose ou dose única. As doses de reforço em idosos e imunossuprimidos já somam 1.177.109 aplicações.

JÁ OS CASOS…

Imagine se o aumento do número de casos se refletisse em crescimento proporcional de óbitos. Seria um horror!

A matéria mostra que os casos tiveram um salto no início do ano. Somente nos primeiros dias de janeiro foram 167.278 infectados, número maior do que o registrado durante o mês todo em 2021, de 119.048 contaminados.

“Com a chegada da variante ômicron ao Paraná, percebemos a mudança no padrão de contaminação. Estamos diante de algo que é muito difícil de controlar e só estamos conseguindo evitar mais óbitos do que já vínhamos contando porque temos uma população vacinada”, afirmou o secretário.

O primeiro caso da variante ômicron foi confirmado no Paraná no último dia 12, um paciente de 24 anos residente em Curitiba, com caso confirmado para a covid-19 em dezembro.

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