Número de internamentos por covid-19 segue alto em Foz e pressiona rede hospitalar

Quantidade de jovens que chegam ao hospital em situação grave também preocupa serviço de saúde.

Quantidade de jovens que chegam ao hospital em situação grave também preocupa serviço de saúde.

Embora o número de mortes por covid-19 em Foz do Iguaçu tenha caído, em relação a março e abril, os dois meses em que ocorreram mais óbitos pela doença no município, as condições epidemiológicas preocupam o serviço de saúde. O Comitê de Enfrentamento à Covid-19 avaliou o quadro na sexta-feira, 7.

A média móvel dos casos confirmados de covid-19, na sexta-feira, foi 58% maior em comparação à semana anterior. Houve aumento em todos os canais de atendimento a casos suspeitos da doença no município, e o mesmo ocorreu com o registro de ocorrências graves da doença no Hospital Municipal, na UPA Dr. Walter Cavalcante Barbosa e nas unidades de saúde que atendem pacientes infectados pelo novo coronavírus.

O total de internamentos por covid-19 segue elevado. “Embora a redução de mortes tenha sido expressiva, o número de internamentos se mantém em 130, 140 por semana. Essa pressão hospitalar não diminui”, informou o gerente da Vigilância Epidemiológica, Roberto Doldan, por meio da Agência Municipal de Notícias (AMN).

O diretor do Hospital Municipal, Sérgio Fabriz, ressaltou que houve piora na semana passada na taxa de ocupação hospitalar e na gravidade do estado dos pacientes. Outra preocupação é quanto ao número de jovens que chegam ao hospital em condições agravadas da doença. “É preciso que as pessoas, independentemente da idade, busquem o atendimento logo nos primeiros sintomas”, disse à AMN.

O boletim epidemiológico desse domingo, 9, registrou ocupação de 100% dos 70 leitos de UTI do Hospital Municipal. Em alta, na comparação com duas semanas passadas, a média móvel está em 105 casos diários. Quanto a mortes, esse indicador é de 3,43, similar ao de 14 dias atrás.

O informe também confirmou mais duas mortes por covid-19 no município – dois homens, de 60 e 75 anos, e uma mulher com 85 anos –, totalizando 806 vidas perdidas na pandemia. Foram confirmados 52 novos diagnósticos positivos. Casos ativos da doença, com potencial de transmissão, são 580.

Nesse contexto, é importante a manutenção dos cuidados sanitários. Entre as medidas que devem ser seguidas por toda a população estão o uso de máscara de proteção, higienização frequente das mãos e distanciamento social.

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