Média móvel de casos, em Foz, cai pela metade. Mas ainda há muitas mortes

Mais 6 pessoas morreram, nas últimas 24 horas. Em abril, já são 35 óbitos, média de 7 por dia.

O informe da Vigilância Epidemiológica de Foz do Iguaçu mostra que, nas últimas 24 horas até esta segunda-feira, 5, mais 6 pessoas morreram devido à covid-19. Foram registrados também 42 novos casos.

Agora, o total de casos chega a 32.085, dos quais 30.978 pessoas estão recuperadas, e a 677 mortes desde o início da pandemia, das quais 35 apenas nestes primeiros cinco dias de abril, com média de 7 por dia.

Matéria divulgada pela Agência Municipal de Notícias constata que “o número de casos da doença segue reduzindo, após medidas restritivas adotadas nas últimas semanas; (mas) número de internamentos e óbitos ainda é preocupante”.

LETALIDADE AUMENTA

Como a queda nos casos não é acompanhada da redução dos óbitos, a letalidade pela covid-19, em Foz, continua cada vez mais alta (agora, é de 2,11%), superando a média paranaense, de 2%. Foz está mais próxima da média mundial de letalidade, de 2,18% (a do Brasil é de 2,55%).

Os últimos 6 óbitos são de duas mulheres, de 63 e 64 anos, e quatro homens, de 59, 61, 63 e 70 anos.

A idade média das vítimas fatais da covid-19 vem diminuindo, como mostrou o infográfico exclusivo preparado pelo H2FOZ. Confira em:

H2FOZ lança infográfico exclusivo para entendermos a pandemia em Foz

Outro grave problema é a ocupação dos leitos de UTI, que agora está em 88,8%, considerando os existentes no Hospital Municipal (70), no Hospital Ministro Costa Cavalcanti (50) e ainda os leitos do Hospital Madre de Dio (10), em São Miguel do Iguaçu. Já a ocupação dos leitos de enfermaria está em 74,16%.

QUEDA NA MÉDIA MÓVEL

Entre os novos casos notificados nesta segunda, 21 são mulheres e 21 homens, com idades entre 15 e 81 anos. Duas pessoas estão internadas e 40 em isolamento domiciliar.

Do total de casos ativos em Foz, 270 pessoas estão em isolamento domiciliar, com sinais e sintomas leves, e 160 internadas.

Os resultados dos exames da covid-19 feitos no Hospital Municipal Padre Germano Lauck, com a aquisição de equipamento de alta tecnologia pela Itaipu Binacional, estão saindo em até 24 horas, o que possibilita a análise de um cenário mais fidedigno em relação à situação atual da pandemia em Foz.

A queda na média móvel de casos, que nos últimos sete dias ficou em 64,43 por dia, é expressiva: representa a metade da média móvel registrada há duas semanas.

“Os dados são um indicativo de que as medidas adotadas pela prefeitura para conter a transmissão do coronavírus, como os três lockdowns nas três primeiras semanas de março, foram efetivas”, diz a matéria da Agência Municipal de Notícias.

Segundo o texto, foi a diminuição dos casos que possibilitou a flexibilização adotada no último final de semana. “Mas as medidas são constantemente reavaliadas pela administração municipal conforme o cenário epidemiológico da doença”, alerta.

E aconselha: “Para que os números sigam baixos, é necessário que toda a população mantenha os cuidados básicos, como o uso de máscaras, o distanciamento social e a higienização das mãos. Aglomerações e festas clandestinas devem ser denunciadas pelo 199”.

No informe da Vigilância Epidemiológica, vale destacar, também, que a incidência da doença, em Foz, é bem superior à média paranaense. Enquanto no Paraná 7.412 pessoas a cada 100 mil contraíram a doença, em Foz foram 12.529 a cada 100 mil, o dobro da média de incidência no Brasil – 6.106 casos a cada 100 mil.

SITUAÇÃO NO PARANÁ

Veja agora a situação em todo o Paraná, conforme matéria distribuída pela Agência Estadual de Notícias, que também destaca a redução na média móvel de casos e aponta ainda para outro fator, além das restrições: a vacinação. Os dados apresentados são de domingo, 4.

Casos de Covid-19 ainda estão altos, mas medidas restritivas ajudaram a desacelerar indicadores

Hospital Osvaldo Cruz faz coleta de amostras do covid-19 em sistema de drive-thru. Foto: Ari Dias/AEN.

O número de casos de Covid-19 ainda está em um patamar muito elevado no Paraná, mas o Informe Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde deste domingo (4) aponta queda pela quarta semana consecutiva, desde o começo de março.

É a primeira vez em um mês que os casos estão distantes de 30 mil por semana. O balanço leva em consideração os dias das confirmações, não a divulgação. Restrições adotadas pelo Governo do Estado e as prefeituras foram cruciais para conter o vírus.

A nona semana epidemiológica de 2021, estabelecida pelo Ministério da Saúde, foi entre 28 de fevereiro e 6 de março. No período foram registrados 37.831 casos, maior patamar desde dezembro de 2020 no Paraná. Desde então houve redução para 35.647 casos na semana 10 (de 7 a 13 de março), 34.122 casos na semana 11 (14 a 20 de março), 29.585 casos na semana 12 (21 a 27 de março) e 15.478 casos na semana 13 (28 de março a 3 de abril). O último comparativo aponta queda de quase 15 mil casos.

É o reflexo de quedas nas quatro macrorregionais de Saúde. Na Leste houve uma diminuição entre as semanas epidemiológicas 11 e 13, com diferença em torno de 8 mil casos, enquanto na Oeste, Noroeste e Norte as quedas vêm desde a semana 9 (final de fevereiro e começo de março). Na macrorregional Oeste a diferença foi de 8 mil casos entre a semana 9 e a semana 13. Na Noroeste, de 5 mil casos.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, os números apontam para uma realidade dos últimos dias que ajuda a embasar as decisões do Governo do Estado. No entanto, ele destacou que a ocupação de leitos de UTI e de enfermaria ainda está muito alta, resultado de contaminações que ocorreram nos últimos meses, e que março foi o pior mês da pandemia no Paraná, com mais de 140 mil casos e 4 mil óbitos.

“A transmissão comunitária é uma realidade, o que significa dizer que não é mais possível rastrear qual é a origem da infecção, indicando que o vírus circula em todas as regiões. Mesmo com essa queda pontual, os números ainda são muito elevados. Estamos enfrentamento o pior momento da pandemia”, afirmou Beto Preto.

Segundo ele, o número sofre influência das medidas restritivas adotadas pelo Governo do Estado e as prefeituras no período e da queda na taxa de transmissão (RT), que está abaixo de 1 – o índice nesta segunda-feira (5) está em 0,83, o menor do País, o que quer dizer que 100 pessoas transmitem o vírus para 83, menos de um para um.

MÉDIA MÓVEL

A média móvel de casos por data de diagnóstico no Estado confirma a tendência de queda na contaminação por coronavírus, apesar da circulação de variantes mais contagiosas e agressivas, como a amazônica, e do aumento da positividade dos exames. Em 3 de abril, a média móvel de sete dias estava em 2.211 novos casos diariamente – número 54,6% inferior à média de 14 dias atrás.

ÓBITOS

A 13ª semana epidemiológica também foi a segunda desde janeiro a apresentar decréscimo no número de óbitos. Segundo o relatório, as semanas 10, 11 e 12 tiveram o maior pico do período: foram 1.161,1.206 e 998 óbitos, respectivamente.

Apesar da redução, a 13ª semana ainda está entre as cinco com os índices mais altos dos últimos seis meses, que correspondem exatamente às semanas 9 a 13 de 2021.

A média móvel de óbitos de sete dias também aponta para uma redução. Em 3 de abril, a média era de 83 óbitos por dia no Estado. O número é 51,7% menor que a média de duas semanas atrás.

CIDADES

Apenas seis municípios não registraram óbitos por Covid-19 no Estado, um ano e pouco após as primeiras confirmações da circulação do coronavírus. Os casos alcançaram todos os municípios em meados do ano passado. O Paraná já confirmou 853.611 casos e 17.182 mortes.

 

Fontes: Vigilância Epidemiológica de Foz, Agência Municipal de Notícias e Agência Estadual de Notícias

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